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Pistorius tenta provar inocência no último dia de julgamento

O advogado de Oscar Pistorius disse hoje que os factos não provam que o atleta sul-africano tinha a intenção de matar a sua namorada, nas alegações finais para salvar o seu cliente de uma vida na prisão. Intervindo no final de um julgamento iniciado há cinco meses, Barry Roux procurou desmontar as alegações da acusação de que Pistorius assassinou deliberadamente a modelo Reeva Steenkamp, de 29 anos, depois de uma discussão às primeiras horas do dia 14 de fevereiro de 2013.

© POOL New / Reuters

A defesa acusou a polícia e o ministério público de ignorarem provas  na casa de Pistorius que não sustentam o seu caso "circunstancial", um dia  depois do procurador Gerrie Nel ter retratado o atleta como um mentiroso. 

Segundo o advogado, Pistorius é "um indivíduo altamente vulnerável"  obcecado com a segurança -- devido a uma infância difícil e à sua deficiência  (amputado das duas pernas abaixo do joelho) -- num país com uma alta taxa  de criminalidade.  
  
O atleta alegou que matou a modelo de 29 anos, disparando quatro tiros  através da porta da casa de banho, pensando que estava a disparar contra  um intruso.  
  
Para Roux, as provas sugerem que o atleta paralímpico, de 27 anos, nunca  deveria ter sido julgado por homicídio premeditado, mas sim por homicídio  involuntário.  
  
"A sua perceção (do perigo) é subjetiva e ele atuou de forma negligente.  O que deverá conduzir a um veredicto de homicídio involuntário", defendeu  o advogado.  
  
O procurador Gerrie Nel pediu na quinta-feira que o atleta fosse condenado  por homicídio premeditado, pelo qual arrisca uma pena de 25 anos de prisão. 
  
A juíza Thokozile Masipa deve dizer hoje no final da audiência quando  apresentará o seu veredito.  
  
Com Lusa

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