Mundo

Secretário-geral da NATO defende "novos planos de defesa" face à "agressão russa"

O secretário-geral da Aliança Atlântica, Anders Fogh Rasmussen, disse que "a agressão russa" contra a Ucrânia justifica a preparação de "novos planos de defesa" para a Europa, numa entrevista publicada hoje pelo jornal francês Midi Libre.

2009 -- Na Cimeira da NATO em Estrasburgo, Anders Fogh Rasmussen, primeiro-ministro dinamarquês, é eleito secretário-geral.
© Reuters Photographer / Reuter

"Vamos reforçar os exercícios militares e preparar novos planos de defesa.  A agressão russa foi um sinal de alarme e criou uma nova situação na segurança  na Europa", disse Rasmussen.  

O dirigente da NATO lamentou que os dirigentes russos vejam "a NATO  como um adversário", porque considerou ser necessário "desenvolver uma cooperação  frutuosa entre o Ocidente e a Rússia".  
  
"É preocupante, porque eu acho que a ambição do presidente Putin é estabelecer  uma esfera de influência nos países vizinhos. Vou encorajar os países da  NATO a aumentarem os seus investimentos em defesa. Durante os últimos cinco  anos, a Rússia tem aumentado os seus gastos na defesa em 50%, os países  da NATO reduziram os seus em 20%, em média. Isso não é sustentável. É preciso  inverter esta tendência", acrescentou.  
  
As declarações de Rasmussen fazem eco de afirmações do primeiro-ministro  britânico, David Cameron, que no sábado defendeu que a NATO deve repensar  o seu "relacionamento a longo prazo" com a Rússia e reforçar a sua capacidade  de responder rapidamente a qualquer ameaça, numa carta enviada ao Secretário-Geral  da NATO e aos outros líderes dos 27 países-membros da organização.  
  
Rasmussen considerou, ainda, que a queda do Boeing da Malásia, abatido  a 17 de julho na Ucrânia, foi um "crime de guerra".  
  
"Temos um conjunto de informações de que os separatistas, apoiados pelos  russos, são culpados", disse o líder da Aliança, falando pela primeira vez  sobre este desastre.  
Lusa

Últimas