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Parlamento ucraniano recusa demissão do primeiro-ministro 

O Parlamento ucraniano recusou hoje a demissão apresentada na semana passada pelo primeiro-ministro, Arseni Iatseniuk, cujo Governo prosseguirá apesar do rompimento da coligação parlamentar que o suportava.  

Arseni Iatseniuk, o primeiro-ministro ucraniano apresentou a demissão na semana passada (Arquivo Reuters)
© Stringer . / Reuters

"Hoje há duas notícias na economia mundial. A primeira é que a Argentina  anunciou a suspensão de pagamentos. A segunda é que a Ucrânia não o fez  nem nunca fará", disse Iatseniuk, após a votação dos deputados, que deram  um forte apoio ao seu Governo, numa moção de confiança. 

Apenas 16 dos eleitos votaram a favor da demissão do primeiro-ministro,  depois de o Presidente ucraniano, Petro Porochenko, ter apelado ao parlamento  que recusasse a decisão tomada a quente por Iatseniuk.  

O chefe do Governo apresentou a sua demissão depois de a UDAR e a Svoboda, duas das três formações que suportavam até agora o seu executivo, terem  abandonado há uma semana a coligação parlamentar.  

Iatseniuk justificou então a sua decisão com o voto contra dos deputados em relação a uma reforma fiscal proposta pelo seu executivo e ao projeto de lei que teria permitido vender a investidores estrangeiros metade dos  gasodutos ucranianos.  

As duas polémicas leis, sobre cuja aprovação também se pronunciou o  Presidente ucraniano, voltaram hoje ao hemiciclo de Kiev.  

Os deputados aprovaram o novo imposto temporário, equivalente a 1,5 % sobre o salário bruto de todos os ucranianos, para financiar as  necessidades das tropas que combatem os separatistas pró-russos no leste  do país.  

Na sua intervenção de hoje no parlamento, o Presidente afirmou que a  operação militar para recuperar o controlo sobre as regiões rebeldes de  Donetsk e Lugansk custa a Kiev cerca de 70 milhões de grivnas (cerca de  5,8 milhões de dólares) por dia.  

Por outro lado, a votação do projeto de lei para privatizar 49 %  da companhia estatal que possui todos os gasodutos do país foi adiada para  o diploma ser revisto.  

 

Lusa

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