"Não vamos tolerar a chantagem e reservamo-nos o direito de tomar medidas em resposta" às novas sanções, indicou o ministério russo em comunicado.
Moscovo considera as sanções como "uma tentativa primitiva de vingança pelo facto de os acontecimentos na Ucrânia não se terem desenrolado de acordo com o cenário elaborado por Washington", de acordo com o comunicado citado pela AFP.
"A Casa Branca incita, de facto, a um banho de sangue (na Ucrânia) e ao mesmo tempo, tenta cinicamente livrar-se de qualquer responsabilidade e distorcer grosseiramente os factos. A Casa Branca exibiu novamente a sua arma preferida: o bastão das sanções", continuou o ministério russo.
"Se Washington tem a intenção de destruir as relações russo-americanas, que isso fique sobre a sua consciência", prosseguiu o Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, afirmando que os Estados Unidos iriam ter uma "amarga desilusão" quanto aos efeitos das sanções.
A diplomacia russa referiu ainda que "a linguagem das sanções, pouco importa a sua amplitude, é inútil com a Rússia", e que essa via "não traz nada de bom".
Na quarta-feira, os Estados Unidos anunciaram um endurecimento das sanções contra Moscovo e que visam em particular a Gazprom, gigante russo do gás, e o seu banco, o Gazprombank.
Nas medidas mais punitivas até agora anunciadas por Washington, o ministério das Finanças confirmou ainda a aplicação de sanções ao gigante do petróleo Rosneft, e às autoridades separatistas de Donetsk.
Os dirigentes europeus reunidos em Bruxelas na quarta-feira decidiram reforçar as sanções contra a Rússia devido à crise na Ucrânia, mas sem adotar medidas económicas de envergadura, referiu fonte diplomática.