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Trabalhadores do metro de São Paulo decidem continuar greve

Os trabalhadores do metro de São  Paulo decidiram hoje, em assembleia-geral, prosseguir a greve iniciada há  quatro dias, que está a gerar o caos na maior cidade brasileira e foi declarada  ilegal, também hoje, por um tribunal. 

O braço de ferro entre trabalhadores e justiça surge a quatro dias no  início do Mundial de futebol  

O Tribunal do Trabalho de São Paulo considerou a greve abusiva por não  respeitar uma decisão anterior, que obrigava os trabalhadores a garantir  100% de circulação nas horas de ponta e 70% nos restantes horários. 

O tribunal determinou ainda o pagamento por parte do sindicato de uma  multa de 100 mil reais (cerca de 32.600 euros) diários pela paralisação,  devendo o dinheiro ser entregue a um hospital de São Paulo. 

A decisão do tribunal foi conhecida depois do fracasso de negociações  entre o sindicato de trabalhadores, que reclamam um aumento salarial de  12,2%, e o metro de São Paulo, gerido pelo Governo regional, que propõe  um aumento máximo de 8,7%, tendo sido determinado judicialmente que o aumento  deverá ser fixado de acordo com os valores propostos pela entidade patronal,  avançou a agência EFE. 

Hoje, quatro das cinco linhas do metro de São Paulo estiveram parcialmente  paralisadas, enquanto a restante funcionou com normalidade. 

A greve afetou nos últimos dias milhões de cidadãos, uma vez que este  meio de transporte é utilizado diariamente por cerca de quatro milhões e  meio de pessoas. 

Segundo o sindicato, a greve teve a adesão de 90 a 95% dos 9.500 funcionários  e inclui os operadores de comboios, segurança e manutenção. 

 

Lusa

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