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Nicolás Maduro promete respostas a tentativas de intervencionismo estrangeiro

O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, anunciou hoje que não aceita intervencionismos no país e que responderá com firmeza  a eventuais tentativas pelos Estados Unidos de se imiscuirem nos assuntos  internos da Venezuela. 

© Carlos Garcia Rawlins / Reuters

"Vou responder com força e contundência a qualquer tentativa de qualquer  governo da América, de meter-se nos assuntos internos da Venezuela. Não  aceito intervencionismo na Venezuela e peço o apoio do povo", disse. 

Nicolás Maduro falava em Los Próceres, Caracas, durante um desfile cívico-militar  que assinalou o primeiro aniversário da morte de Hugo Chávez, o líder da  revolução bolivariana, que, disse "passou à história como o redentor da  Venezuela e dos povos da América". 

"Que a direita não se engane com o nosso povo e a nossa revolução. Deixem a Organização de Estados Americanos (OEA) onde está, o nosso caminho é a  União de Nações da América do Sul (Unasul), a independência, fora de cá  a OEA, por agora e para sempre", disse.  

O presidente da Venezuela sublinhou ainda: "que ninguém se meta connosco,  quem se meter connosco que não se queixe neste mundo, quando lhe cair a  ira dos deuses, deste povo que sabe fazer-se respeitar". 

"Estou avaliando (dar), nas próximas horas, uma resposta muito contundente  a um governo lacaio que está conspirando abertamente contra a pátria venezuelana.  Depois que não se queixem e não venham fazer-se de vítimas, porque pelas  vias diplomáticas lhe temos feito saber a opinião soberana do Governo revolucionário  da Venezuela", frisou. 

Assegurou que a política internacional venezuelana "é de paz, de cooperação,  de respeito, de união latino-americanista, abertamente anti-imperialista".

"Não acreditamos que nenhum império deva dominar e controlar a nossa  América Latina e o nosso Caribe. Acreditamos na união e na independência  plena dos nosso país", disse. 

Por outro lado anunciou que foram hoje detidos "os chefes" de ações  "violentas e fascistas" quando tentavam "sabotar pontes, túneis e auto-estradas  em pelo menos quatro cidades do país, incluindo a Grande Caracas", aos quais  foram confiscadas armas de guerra, cocketeles molotv, arames assassinos,  pneus e pólvora. 

"Estão presos, bem presos e têm qu ser castigados severamente", enfatizou.

O secretário-geral da OEA, José Miguel Insulza, disse hoje que seria  "útil" enviar uma missão daquele organismo à Venezuela a fim de analisar  a crise no país. 

Desde há três semanas que se registam diariamente protestos em várias  localidades da Venezuela, entre manifestações pacíficas e atos de violência  que provocaram pelo menos 19 mortos, 270 feridos e mais de um milhar de  detidos. 

Os protestos começaram a 12 de fevereiro, com uma marcha pacífica de  estudantes contra a insegurança, mas intensificaram-se nesse mesmo dia,  quando confrontos entre manifestantes, forças de ordens e alegados grupos  armados, provocaram a morte de três pessoas. 

 

     

Lusa

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