"A mudança só pode chegar pela mão de milhões de pessoas na rua, em paz e sem violência, mas na rua", assinalou hoje, no diário de Caracas El Nacional.
O economista, que presidiu entre 2000 e 2008 à câmara de Chacao, um município localizado na área metropolitana de Caracas e que tem sido o epicentro dos protestos contra Maduro, disse que não se arrepende de se ter entregado voluntariamente, depois de ser acusado de atos de violência numa manifestação inicialmente pacífica.
Revelou ainda que na penitenciária, reservada a chefes militares acusados de delitos, pode ser visitado pela mulher, padres e advogados, mas está impedido de contactar com outros presos.
"Sou um preso político", declarou ao El Nacional, mostrando-se consciente de ter contribuído para "acender a chama" dos protestos contra o presidente venezuelano.
Como objetivo de curto prazo, Lopez "exige justiça" pelas 18 mortes e dezenas de feridos e detidos que resultaram até agora da contestação, pelo desfalque de divisas já admitido pelo governo e "que se recomponham os poderes públicos".
A oposição venezuelana e os estudantes que apoiam a contestação ao governo de Nicolás Maduro levaram, entretanto, as suas reivindicações até à rede social Twitter, pedindo às estrelas que vão participar hoje na cerimónia dos Óscares que mencionem a situação que se vive no país.
A Venezuela tem sido palco de marchas e protestos a favor e contra o Governo de Maduro, que afirma estar a ser vítima de um "golpe de Estado prolongado".
Lusa