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Kiev pede ao Conselho de Segurança que trave agressão russa 

A Ucrânia pediu hoje ao  Conselho de Segurança da ONU para travar "a agressão" da Rússia na Crimeia  e acusou Moscovo, numa reunião de emergência em Nova Iorque, de ter violado  a Carta das Nações Unidas.

"Apelamos ao Conselho de Segurança para fazer tudo o que estiver no  seu poder para travar a agressão da Federação Russa na Ucrânia. Ainda há  uma hipótese", declarou o embaixador ucraniano junto da ONU.  

A embaixadora dos Estados Unidos junto da ONU, Samantha Power, declarou  "ser altura de a Rússia pôr fim à intervenção" na Ucrânia.  

"As ações russas na Ucrânia violam a soberania ucraniana e ameaçam a  paz", disse, na reunião de urgência do Conselho de Segurança da ONU.  

Power exigiu o envio de observadores internacionais para a Crimeia.

Um dos candidatos à presidência ucraniana, o antigo campeão mundial  de boxe Vitali Klistchko, pediu à ONU para impedir uma divisão da Ucrânia,  de acordo com uma entrevista ao suplemento semanal do diário Bild.  

Antes, Klitschko tinha pediu ao parlamento ucraniano para proclamar  uma "mobilização geral" perante aquilo que considerou ser uma "agressão  russa" na Ucrânia.  

O presidente russo, Vladimir Putin, conseguiu hoje a aprovação do parlamento  russo para um "recurso às forças armadas russas em território ucraniano".

Na sexta-feira, Kiev denunciou a "invasão armada" da Rússia na Crimeia",  península do sul do país onde se fala russo e está localizada a frota da  Rússia do Mar Negro. 

O presidente ucraniano interino, Oleksandr Turchinov, anunciou que o  exército ucraniano está em estado de alerta e acrescentou existir um plano  de ação, caso se verifique uma agressão.  

A agência francesa AFP noticiou hoje a presença de dezenas de homens  mascarados e com uniforme, mas sem qualquer insígnia, que tomaram posições  junto ao edifício do parlamento regional da Crimeia. 

A NATO convocou uma reunião de embaixadores, no domingo, em Bruxelas,  seguindo-se um encontro da Comissão NATO-Ucrânia. Na segunda-feira, também  em Bruxelas, decorrerá o conselho de ministros dos Negócios Estrangeiros  da UE.  

 

Lusa

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