Numa audiência realizada quarta-feira na Comissão do Senado para os Assuntos Secretos, Clapper afirmou que se estima em mais de 7.000, os combatentes estrangeiros "que foram recrutadas em mais de 50 países, muitos deles na Europa e no Médio Oriente".
O mesmo responsável referiu que esta tendência é de "grande preocupação" para os Estados Unidos e "preocupa tremendamente" a Europa, já que esses radicais viajam para a Síria onde estão a ser treinados em combate e podem regressar aos seus países de origem "para realizar atos terroristas".
As advertências de Clapper não são as primeiras sobre o intenso movimento de islamistas europeus que estão a participar na guerra civil síria, onde grupos ligados à Al-Qaida estão envolvidos numa luta contra o Presidente Bashar al-Assad e também com outros grupos opositores, noticia a Efe.
Estes grupos, nomeadamente a Frente al-Nusra e o Estado Islâmico no Iraque e Levante (sunitas), estão a estendenter a luta sectaria entre sunitas e xiitas fora das fronteiras sirias.
Por seu turno, o diretor do Centro Nacional Anti-Terrorista, Matthew Olsen, alertou na mesma audiência para "os potenciais ataques terroristas que podem vir da Síria em direção ao Ocidente".
Olsen também se referiu ao medo que o radicalismo islamista efetue um ataque durante as Olimpíadas de inverno que se realziam em Sochi, no norte da Rússia, onde operam grupos extremistas.
O responsável disse que as autoridades russas estão conscientes dos riscos existentes, especialmente depois do atentado nos arrediores de Volgogrado, em finais do ano passado.