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Síria converteu-se num "íman gigante para o extremismo", avisam serviços secretos dos EUA

O chefe dos Serviços Secretos norte-americanos, James Clapper, afirmou-se "muito preocupado" porque a Síria se converteu num "íman gigante para o extremismo", sobretudo na Europa e no Médio Oriente, o que radicalizará ainda mais a guerra.

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© Muzaffar Salman / Reuters

Numa audiência realizada quarta-feira na Comissão do Senado para os  Assuntos Secretos, Clapper afirmou que se estima em mais de 7.000, os combatentes  estrangeiros "que foram recrutadas em mais de 50 países, muitos deles na  Europa e no Médio Oriente". 

O mesmo responsável referiu que esta tendência é de "grande preocupação"  para os Estados Unidos e "preocupa tremendamente" a Europa, já que esses  radicais viajam para a Síria onde estão a ser treinados em combate e podem  regressar aos seus países de origem "para realizar atos terroristas". 

As advertências de Clapper não são as primeiras sobre o intenso movimento  de islamistas europeus que estão a participar na guerra civil síria, onde  grupos ligados à Al-Qaida estão envolvidos numa luta contra o Presidente  Bashar al-Assad e também com outros grupos opositores, noticia a Efe. 

Estes grupos, nomeadamente a Frente al-Nusra e o Estado Islâmico no  Iraque e Levante (sunitas), estão a estendenter a luta sectaria entre sunitas  e xiitas fora das fronteiras sirias. 

Por seu turno, o diretor do Centro Nacional Anti-Terrorista, Matthew  Olsen, alertou na mesma audiência para "os potenciais ataques terroristas  que podem vir da Síria em direção ao Ocidente". 

Olsen também se referiu ao medo que o radicalismo islamista efetue um  ataque durante as Olimpíadas de inverno que se realziam em Sochi, no norte  da Rússia, onde operam grupos extremistas. 

O responsável disse que as autoridades russas estão conscientes dos  riscos existentes, especialmente depois do atentado nos arrediores de Volgogrado,  em finais do ano passado. 

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