Simultaneamente, o Exército francês adiantou à agência noticiosa France Presse (AFP) ter lançado uma operação nas localidades situadas no eixo que liga a capital centro-africana aos Camarões e interveio "para parar os abusos", sem no entanto precisar quais os locais onde tal aconteceu.
Em Sibut, situada a 160 quilómetros da capital centro-africana, "a situação é catastrófica, a maioria da população fugiu para se refugiar no mato", após confrontos que provocaram pelo menos três mortos, disse um habitante da cidade, sob anonimato, à AFP, por telefone.
"Começou tudo hoje de manhã, quando os (ex-rebeldes) Séléka assassinaram três anti-balaka (mílicas cristãs), numa tentativa falhada de reconciliação", contou.
A mesma fonte relatou ainda que, "de seguida, os Séléka incendiaram casas, a estação rodoviária e o mercado".
"Estamos escondidos, à mercê dos mercenários, não há nenhuma força estrangeira. Ainda ouvimos tiros", disse.
Um responsável da força africana de manutenção da Paz, a Misca, já havia confirmado que "há três ou quatro dias que já confrontos em Sibut, entre Séléka e anti-balaka", sem no entanto poder fazer um balanço dos incidentes.
Em Boali, a cerca de cem quilómetros a norte de Bangui, "anti-balaka atacaram (civis) muçulmanos, provocando três mortos e nove feridos", de acordo com uma fonte militar centro-africana.
Lusa