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Tribunal japonês começou a julgar Makoto Hirata da seita Verdade Suprema

Um tribunal de Tóquio começou hoje a julgar Makoto Hirata, um dos últimos membros detidos da seita Verdade Suprema,  responsável pelo atentado ao metropolitano de Tóquio em 1995. 

Imediações do tribunal de Tóquio à chegada de Makoto Hirata, um dos últimos membros detidos da seita Verdade Suprema (Reuters)
© KYODO Kyodo / Reuters

Hirata, de 48 anos, está acusado de participar no sequestro, em fevereiro  de 1995, de Kiyoshi Kariya irmão de uma mulher que pretendia abandonar o  grupo religioso. 

Kariya, que tinha 68 anos, foi retido na sede da Aum Shinrikyo (Verdade  Suprema) perto do Monte Fuji e viria a morrer, aparentemente por acidente,  após lhe ter sido injetada uma droga anestésica. 

Hirata não negou a sua participação, pediu desculpa à sociedade e à  família da vítima e garantiu que não era seu objetivo sequestrar Kiyoshi  Kariya. 

O tribunal deverá pronunciar a sentença no início de março. 

Makoto Hirata entregou-se à polícia de Tóquio a 31 de dezembro de 2011  depois de 17 anos em fuga. 

O atentado no metro de Tóquio provocou a morte a 13 pessoas e ferimentos  noutras 6.000 e a detenção de Hirata e, mais tarde, de Naoko Kikuchi e Katsuya  Takahashi, detidos em separado em junho de 2012, poderá esclarecer alguns  aspetos da ação da Verdade Suprema. 

Fundada em 1984 por Shoko Asahara, a Verdade Suprema começou a captar  membros da elite universitária japonesa. 

Em poucos anos assumiu-se como uma poderosa organização com capacidade  de produção de agentes químicos e armas ligeiras. 

Após os atentados de Tóquio, os tribunais processaram 189 dos membros  da seita com cinco condenações de prisão perpétua e confirmando 13 penas  de morte, entre elas a de Asahara, apesar de até ao momento não ter concretizado  qualquer execução. 

 

Lusa

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