Os polícias foram demitidos por um decreto do Governo publicado à meia-noite, o qual incluía nomes dos chefes das unidades dos crimes financeiros, anti-contrabando, crime informático e crime organizado, informou a agência privada Dogan News.
O decreto também nomeou substitutos para 250 dos agentes despedidos, de acordo com a agência.
A medida surge numa altura em que o Executivo turco está a tentar conter o escândalo de corrupção de alto nível que representa a maior ameaça ao Governo de 11 anos de Erdogan.
Estima-se que a investigação esteja ligada às tensões entre Governo e seguidores de Fethullah Gulen, um dos mais influentes clérigos muçulmanos da Turquia que vive no exílio nos Estados Unidos.
Apoiantes de Gulen ocupam cargos-chave em vários ramos do Governo, incluindo a polícia e justiça.
Erdogan denunciou a investigação como uma conspiração estrangeira - despoletada para derrubar o seu Governo - e respondeu com a demissão de dezenas de chefes de polícia em todo o país.
Desde meados de dezembro, a investigação já levou a uma vasta remodelação governamental, com o afastamento de mais de metade dos principais ministros de Erdogan e nomeação de 10 novos governantes, e ao pedido de demissão de pelo menos cinco parlamentares do AKP (Partido da Justiça e Desenvolvimento), no poder desde 2002.
O AKP, partido do primeiro-ministro Recep Tayyip Erdogan, tem maioria no parlamento turco, garantindo 320 dos 550 assentos.
Lusa