"Se os iraquianos pedirem, podemos disponibilizar equipamentos e conselhos, mas eles não precisam de homens", afirmou o general, citado pela agência oficial Irna.
No Iraque, país de maioria xiita, combatentes radicais do Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL), grupo aliado dos extremistas sunitas da Al-Qaida, assumiram esta semana o controlo da cidade de Fallujah e algumas zonas de Ramadi, 60 quilómetros mais a oeste.
As forças governamentais anunciaram que vão lançar um ataque para retomar o controlo da cidade.
É a primeira vez que combatentes ligados à Al-Qaida assumem diretamente o controlo de zonas urbanas do Iraque após a sangrenta insurreição que se seguiu à invasão norte-americana de 2003.
O EIIL, que também se tem mostrado cada vez mais ativo no conflito na vizinha Síria, reivindicou um atentado suicida perpetrado na quinta-feira contra um bastião do Hezbollah libanês, movimento xiita aliado de Teerão, que combate ao lado das forças governamentais na Síria.
Em visita ao Médio Oriente, o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, declarou que os Estados Unidos estão "muito preocupados" com a escalada do EIIL na região.
"Os Estados Unidos vão continuar em contacto" com as autoridades iraquianas para "ajudá-las neste combate, mas é um combate que tem de ser ganho pelos próprios iraquianos e confio que podem conseguir", disse.
Entretanto em Bagdad, capital iraquiana, vários atentados provocaram hoje pelo menos 15 mortos e 40 feridos, anunciaram as autoridades.
Lusa