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Nicolás Maduro pede perdão aos venezuelanos por demorar a 'atacar' especuladores

O Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro,  pediu perdão aos venezuelanos, esta quarta-feira, por ter demorado a 'atacar'  os especuladores que aumentaram injustificadamente o preço dos produtos  que vendem. 

"Confesso que não sabia que a situação era tão grave. Peço perdão ao  povo da Venezuela por ter demorado tanto tempo a lançar esta ofensiva económica.  Pedimos perdão ao povo de Venezuela, devíamos tê-lo feito em setembro, antes  desta época", disse. 

Nicolás Maduro pediu perdão durante um ato transmitido pela televisão  estatal, cinco dias depois de obrigar as lojas de eletrodomésticos do país  a baixarem os preços, na sequência de inspeções que detetaram alegados "aumentos  injustificados" e motivaram também intensas fiscalizações a 'stands' de  automóveos e lojas de peças para viaturas, de ferragens, têxteis, brinquedos,  calçados e alimentos. 

O chefe de Estado venezuelano afirmou ainda que pretende avançar com  uma lei para regular os processos de entrega de dólares a preços bonificados  para as importações e que os empresários vão ter de assinar um contrato  de fiel cumprimento das obrigações que motivaram a aprovação desses mesmos  recursos. 

Em paralelo, a imprensa privada venezuelana voltou a merecer críticas  porr parte de Nicolás Maduro que instou os venezuelanos a não comprarem  "os jornais da burguesia" que acusou de estarem a defender os empresários  especuladores. 

"Estes jornais são os que defendem a burguesia parasita que os está  a roubar", frisou. 

Desde sábado que centenas de venezuelanos fazem filas para comprar eletrodomésticos  e outros produtos em várias cidades do país. 

Na segunda-feira, Nicolás Maduro revelou que o governo vai impor limites  máximos de lucro em todas as áreas da economia estabelecer penas de prisão  mais pesadas para os empresários que especulem e roubem o povo. 

Na Venezuela vigora, desde 2003, um sistema de controlo cambial que  impede a livre obtenção de moeda estrangeira no país.  

Para importar os empresários têm que recorrer à Comissão de Administração  de Divisas, organismo responsável por lhes atribuir as divisas solicitadas  a um preço preferencial de 6,30 bolívares por dólar. No entanto, no mercado  paralelo o valor é até 9 vezes superior. 

 

Lusa

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