Mundo

Apoiantes de Hugo Chávez reclamam investigação sobre as causas da sua morte

Simpatizantes do ex-Presidente venezuelano  Hugo Chávez começaram na sexta-feira a recolher um milhão de assinaturas  para pedir ao Ministério Público (MP) uma investigação sobre as causas da  morte do líder socialista. 

© Jorge Silva / Reuters

"Queremos que se saiba que o povo não se conformou e exige justiça para  Chávez", afirmou a presidente da Comissão de Família da Assembleia Nacional  (parlamento), Maria León. 

A deputada, que lidera a recolha de assinaturas, explicou aos jornalistas  que pretende que a investigação "se transforme numa ação prioritária" para  as autoridades venezuelanas, esperando que o MP consiga esclarecer as causas  que originaram a doença (cancro) e posterior falecimento do ex-Presidente  venezuelano. 

"O movimento popular, o povo, as suas mulheres e homens, estamos em  pé nesta mobilização nacional", disse a deputada em conferência de imprensa,  na qual participaram também representantes da Coordenadora Nacional de Médicas  e Médicos Socialistas da Venezuela. 

Na quinta-feira, o atual Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou  que o seu governo está à espera do "momento histórico" para investigar as  causas e origem da doença que causou a morte do seu antecessor, Hugo Chávez.

"Estamos à espera do momento histórico para formar uma comissão de cientistas  que possa investigar, como merece o nosso comandante, todos os antecedentes  e origem dessa estranha, abrupta e surpreendente doença que se apoderou  do seu corpo no momento de maior plenitude das suas forças, energias físicas  e criadoras para a pátria", disse. 

Nicolás Maduro falava num evento evocativo dos seis meses do falecimento  do líder socialista, que teve lugar no Quartel da Montanha, junto ao sarcófago  de Hugo Chávez. 

Nascido a 28 de julho de 1954, Hugo Chávez foi um militar e político  venezuelano que presidiu a República Bolivariana da Venezuela desde 2 de  fevereiro de 1999 até à sua morte, a 5 de março deste ano, na sequência  de um cancro na zona pélvica contra o qual batalhou durante quase dois anos.

O seu governo tentou consolidar o que chamava de "revolução bolivariana"  centrada no "socialismo do século XXI". 

Lusa

Últimas