"É um património cultural e o único lugar no mundo, além de Israel, com um muro a dividir as pessoas. Nós temos o direito de experimentar isso", afirmou Riet Meer, um belga residente em Berlim.
A polícia alemã anunciou que, devido à manifestação, as obras tinham sido interrompidas. Um dos membros do grupo que se pretende salvar a secção do muro conhecida como East Side Gallery, considerou que a manifestação foi um sucesso e garantiu: "quando os guindastes voltarem, estaremos lá".
Para travar a construção de um bloco de 14 apartamentos e de uma ponte no local do muro, Muschinsli defendeu que será necessária a intervenção de políticos locais.
O muro de Berlim, cuja construção começou em 1961, dividiu durante décadas a cidade de Berlim, repartida no final da Segunda Guerra Mundial entre a parte oriental, controlada pela União Soviética, e a parte ocidental, controlada pelos Aliados.
Até começar a ser derrubado, em 1989, vários berlinenses morreram ao longo dos anos a tentar transpô-lo. Tornou-se o símbolo mais visível da divisão entre os blocos soviético e ocidental que vigorou durante o período que ficou conhecido como Guerra Fria.
Lusa