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Breivik gritava de alegria durante o massacre de Utoya, conta testemunha

O extremista norueguês de direita Anders Breivik,  que matou 77 pessoas em julho passado, gritava de alegria quando cometia  o massacre na ilha de Utoya, contou hoje em tribunal uma sobrevivente do  ataque. 

© NTB Scanpix / Reuters

Tonje Brenna, 24 anos, líder da juventude do Partido Trabalhista, disse  no tribunal de Oslo onde decorre o julgamento de Breivik, que o assassino  gritava de alegria enquanto ia matando pessoas na ilha.  

"Tenho a certeza absoluta de que ouvi gritos de alegria. Se tivesse  de soletrar, seria algo como WOO-HOO. Obviamente, gritos de alegria", referiu.

Sentado a poucos metros de distância, Breivik, que quase não demonstrou  emoções desde que o julgamento teve início, a 16 de abril, abanava a cabeça,  em desaprovação da versão de Tonje Brenna sobre o que aconteceu a 22 de  julho.  

Breivik, assassino confesso, matou a tiro 69 pessoas que participavam  no acampamento de juventude do Partido Trabalhista, em Utoeya e outras oito  num ataque à bomba junto à sede do Governo norueguês, no centro de Oslo.

O extremista foi acusado de "atos de terror" e enfrenta ou 21 anos de  prisão -- que podem ser depois prolongados indefinidamente se ele ainda  for considerado uma ameaça à sociedade -- ou encerramento para tratamento  psiquiátrico, possivelmente para toda a vida. 

Uma primeira peritagem ordenada pelo tribunal considerou-o louco, mas  uma segunda opinião chegou à conclusão contrária.  

Os cinco juízes terão de avaliar as duas opiniões psiquiátricas contraditórias  e determinar se o extremista é louco ou se, pelo contrário, pode ser responsabilizado  quando, em julho, lhe for lida a sentença.  

Breivik quer que o tribunal o considere são e o responsabilize pelas  suas ações, para que as suas ideias anti-islâmicas e anti-imigração sejam  tidas como sérias e não como produtos da mente de um louco. 

 

Lusa

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