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Breivik exige "libertação imediata" alegando que massacre foi "um ataque preventivo contra os traidores da pátria"

O autor confesso dos atentados de julho passado  na Noruega, Anders Behring Breivik, exigiu hoje, em tribunal, a "libertação  imediata", alegando que o massacre foi "um ataque preventivo contra os traidores  da pátria". 

Breivik à chegada ao tribunal de Oslo a 6 de fevereiro / Reuters
© Scanpix Scanpix / Reuters

"Não aceito a prisão. Exijo ser libertado imediatamente", declarou Breivik,  de 32 anos, durante uma audiência no tribunal de Oslo, que deverá hoje ordenar  o prolongamento da detenção provisória do extremista de direita. 

Durante a audiência, as famílias das vítimas e os sobreviventes dos  ataques presentes na sala do tribunal reagiram de forma efusiva quando Breivik  pediu, por duas ocasiões, a "libertação imediata". 

Segundo o extremista de direita, o massacre de 22 de julho foi "um ataque  preventivo contra os traídos da pátria", tendo sido cometido para "defender  a população de origem norueguesa". 

Breivik, opositor da multiculturalidade e da "invasão muçulmana" na  Europa, foi o autor do atentado à bomba contra a sede do Governo norueguês  e de um tiroteio na ilha de Utoya, perto de Oslo, a 22 de julho do ano passado.

Os dois ataques causaram 77 mortos, na maioria jovens que participavam  num acampamento da Juventude Trabalhista, na ilha de Utoya. 

Behring Breivik reconheceu a autoria dos ataques, mas recusou declarar-se  culpado. 

Atualmente em detenção provisória, Behring Breivik espera o início do  julgamento a 16 de abril. 

Em novembro do ano passado, Breivik foi declarado inimputável por dois  especialistas psiquiátricos, decisão que acabaria por ser fortemente contestada  na Noruega e que conduziu à ordenação por parte do tribunal de uma nova  avaliação psiquiátrica. 

 

    Lusa

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