Meteorologia

Gabrielle: São Miguel e Santa Maria sem "ocorrências de maior" e com "noite tranquila"

O presidente da Câmara da Ribeira Grande adiantou que a noite foi caracterizada por "vento forte a partir das 04:00" e "pouca chuva" e confirmou que não foram registados quaisquer incidentes na zona marítima do concelho (32.698 habitantes).

EDUARDO COSTA | Lusa

Lusa

A passagem da tempestade pós-tropical Gabrielle não provocou "ocorrências de maior" no Grupo Oriental dos Açores, com a noite a acabar por ser "tranquila" nas ilhas de São Miguel e Santa Maria, segundo as autoridades locais.

"Felizmente, acabou por ser uma noite bastante tranquila, sem qualquer ocorrência de maior, tirando o serviço normal", afirmou à agência Lusa o presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Ponta Delgada.

De acordo com João Paulo Medeiros, os bombeiros encontravam-se em "prontidão", mas acabaram por não ser chamados para qualquer ocorrência em Ponta Delgada (que tem uma população de cerca de 68 mil habitantes) e Lagoa (14.819 habitantes).

"Antes prevenir do que remediar, como diz o povo, mas neste caso, apesar da prontidão e dos meios disponibilizados a partir da meia-noite, não foi necessário acionar os bombeiros para qualquer ocorrência nos concelhos de Ponta Delgada e Lagoa", afirmou.

Também o presidente da Câmara da Ribeira Grande adiantou que a noite foi caracterizada por "vento forte a partir das 04:00" e "pouca chuva" e confirmou que não foram registados quaisquer incidentes na zona marítima do concelho (32.698 habitantes).

"A partir das 07:00, o serviço municipal foi sendo contactado com algumas situações reportadas pelo Serviço Regional de Proteção Civil, nomeadamente a obstrução de vias e queda de árvores nas vias públicas, mas nada de grande preocupação", acrescentou.

Alexandre Gaudêncio, que também preside à Associação de Municípios dos Açores, descreveu a situação como um "dia de inverno".

"Vamo-nos manter em alerta. Estamos com os serviços completamente disponíveis para atuar no terreno", garantiu.

O autarca disse ainda que a Câmara foi contactada por "muita gente" devido à situação das escolas, que se mantiveram abertas em São Miguel e Santa Maria ao contrário das outras sete ilhas.

"Tivemos muita gente a questionar sobre a abertura ou encerramento das escolas. É uma competência que nos ultrapassa. As câmaras municipais, no contexto regional, não têm poder nessa matéria. Neste caso em concreto, estamos em sintonia com as indicações do Serviço Regional [de Proteção Civil]", assinalou.

Em relação a Santa Maria, ilha do Grupo Oriental com cerca de 5.600 habitantes, o comandante dos bombeiros voluntários de Vila de Porto adiantou à Lusa que não foram registadas ocorrências, no âmbito do socorro à população.

"Se há tempestade, só sabemos pelas notícias", referiu Élio Rodrigues, adiantando que os ventos na ilha rondaram os 60 quilómetros por hora e não se verificou chuva acima do normal.

A presidente da Câmara de Vila do Porto, Bárbara Chaves, referiu que nenhum dos serviços de prevenção foi acionado em Santa Maria, confirmando que não se verificaram ocorrência da passagem do Gabrielle pela ilha.

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