A região espanhola de Málaga continua a ser atingida por chuvas torrenciais que inundaram estradas, levaram ao encerramento de hospitais e centros de saúde. Mais de 4200 pessoas desalojadas, até agora não haverá vítimas.
O governo da região autónoma da Andaluzia já suspendeu as aulas em cinco províncias e ordenou também o encerramento de linhas de comboio e autoestradas consideradas vulneráveis.
Andreia Gonçalves, uma portuguesa que vive há 3 anos em Málaga, conta que a noite de terça-feira foi de sobressalto e ontem, quarta-feira, não conseguiu sair de casa porque a sua rua estava completamente inundada, "parecia um rio totalmente.
"Nós fomos alertados há vários dias e, no dia anterior, fomos avisados de alerta laranja e às 10 da noite de terça-feira, avisaram-nos que o alerta passava a vermelho, portanto, a qualquer momento poderia acontecer qualquer coisa".
Foi por isso uma noite de "bastante preocupação porque eu não sabia a que momento em que eu ia acordar com água pelos pés, que me ia levantar e ia sentir que tinha a casa cheia de água".
Andreia Gonçalves não vive na zona de maior risco, em que as pessoas foram aconselhadas a sair das suas casas, mas preparou-se para qualquer eventualidade.
"A primeira coisa que fiz foi preparei uma mochila com os bens essenciais e no caso de o nível da água subir aquilo que eu faria seria subir ao último andar do prédio onde vivo."
Já há 4000 pessoas desalojadas por esta altura na cidade de Málaga,,"entre vizinhos estão a ajudar uns aos outros para tentar retirar o máximo de água possível."
"A situação agora está bastante mais calma. Durante a noite também foi bastante mais calmo, mas é verdade que NOS tinham dado um alerta de que poderia ser pior do que aquilo que passou no dia anterior. Mas, na verdade, não, não foi assim tão grave".