Todos os distritos de Portugal continental estão sob aviso amarelo por causa do frio. As baixas temperaturas vão durar praticamente toda a semana.
Nos próximos dias, há que preparar agasalhos. O frio veio para ficar e não vai dar tréguas, pelo menos, até ao final da semana. A descida nos termómetros está relacionada como um anticiclone localizado perto da Escandinávia que transporta ar mais frio para a Europa.
Desde a partir da madrugada desta segunda-feira, o aviso amarelo estende-se a todos os distritos do continente, alerta o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA). Durante o fim de semana, apenas os distritos de Bragança, Guarda e Vila Real estiveram sob aviso amarelo.
Dos 18 distritos do país, oito irão permanecer em aviso amarelo até quinta-feira, enquanto 10 deixam o avisto já na próxima quarta-feira. Os distritos de Bragança, Viseu, Évora, Guarda, Vila Real, Beja, Castelo Branco e Portalegre vão estar assim sob aviso amarelo até às 06:00 de quinta-feira devido à persistência de valores baixos da temperatura mínima.
Por outro lado, até às 07:00 de quarta-feira, mantêm-se sob aviso amarelo os distritos do Porto, Faro, Setúbal, Santarém, Viana do Castelo, Lisboa, Leiria, Aveiro, Coimbra e Braga.
Para esta segunda-feira, a temperatura mínima deverá variar aproximadamente entre 0ºC e 5ºC, sendo inferior no interior Norte e Centro, onde irá baixar até valores entre 0ºC e -6ºC. A temperatura máxima também irá descer, prevendo-se na generalidade do território valores entre 10 e 15ºC e, no interior Norte e Centro, valores entre 5ºC e 10ºC.
Ainda que os termómetros registem temperaturas baixas nos próximos dias, o sol vai continuar a raiar, pelo menos, até meio da semana. O vento forte só deverá ser sentido nas terras altas. Na quinta-feira, poderá haver uma ligeira alteração da situação meteorológica.
O aviso amarelo para Portugal continental nos próximos dias é o terceiro mais grave numa escala de cinco.
Proteção Civil alerta para potenciais riscos dos sistemas de aquecimento
Devido à situação meteorológica, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) alertou para os potenciais riscos, nomeadamente "intoxicações por inalação de gases, devido a inadequada ventilação em habitações onde se utilizem aquecimentos como lareiras e braseiras", assim como para incêndios devido à "má utilização de lareiras e braseiras ou de avarias em circuitos elétricos".
Pede igualmente especial atenção aos grupos populacionais mais vulneráveis, crianças, idosos e pessoas portadoras de patologias crónicas e população sem-abrigo, para o piso escorregadio e eventual formação de lençóis de água e gelo e aumento do risco associado ao tráfego rodoviário, quer pela queda de neve nas vias, quer pela formação de gelo
A ANEPC recorda que o eventual impacto destes efeitos pode ser minimizado, sobretudo através da adoção de comportamentos adequados, nomeadamente evitar a exposição prolongada ao frio e às mudanças bruscas de temperatura a manter o corpo, através do uso de várias camadas de roupa, folgada e adaptada à temperatura ambiente, e proteção das extremidades do corpo e calçado quente e antiderrapante, bem como a ingestão de sopas e bebidas quentes.
Chama também a atenção para os aquecimentos com combustão (braseiras e lareiras), que podem causar intoxicação devido à acumulação de monóxido de carbono e levar à morte, para a necessidade de assegurar uma adequada ventilação das habitações, evitar o uso de dispositivos de aquecimento durante o sono, desligando sempre quaisquer aparelhos antes de se deitar e a não sobrecarregar tomadas e/ou extensões elétricas.
Conselhos para enfrentar o frio: "Vestir várias camadas de roupa como uma cebola"
Perante as baixas temperaturas, há cuidados a ter com o frio. António Vilar, presidente da Sociedade Portuguesa de Reumatologia, explica os cuidados a ter com o frio mas lembra também os benefícios das baixas temperaturas.