Quase metade dos adultos da União Europeia (UE) já recebeu a primeira dose da vacina contra a covid-19, num total de 300 milhões de doses entregues aos Estados-membros, anunciou hoje a Comissão Europeia, falando em "progressos constantes".
"Fizemos progressos constantes em matéria de vacinação na UE", divulgou hoje a líder do executivo comunitário, Ursula von der Leyen, numa publicação na rede social Twitter.
Em concreto, foram já entregues cerca de 300 milhões de doses de vacinas anticovid-19 aos Estados-membros, dados aplicáveis até 30 de maio. Isto equivale a 245 milhões de doses já administradas na UE e a 46% da população adulta da UE (170 milhões de pessoas) que já recebeu pelo menos uma dose do fármaco.
"Esta semana vamos atingir um novo marco: metade dos adultos da UE terão recebido a sua primeira dose", afirma ainda Ursula von der Leyen.
A responsável dá ainda conta de que no primeiro trimestre do ano chegaram à UE 106 milhões de doses de vacinas, número que deverá subir para 413 milhões no segundo trimestre e para 529 milhões no terceiro.
No quarto trimestre do ano as entregas deverão abrandar, à medida que a inoculação também estabiliza após a vacinação de milhões de cidadãos europeus, prevendo-se a chegada à UE de 452 milhões de doses de vacinas.
O objetivo do executivo comunitário é ter 70% da população adulta vacinada até ao final do verão.
A ferramenta online do Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC) para rastrear a vacinação da UE e que tem por base as notificações dos Estados-membros, revela que até ao momento uma média de 17,3% da população da UE está totalmente inoculada (com as duas doses da vacina contra a covid-19), enquanto cerca de 40,7% recebeu a primeira dose.
Em termos absolutos, isto equivale a 210 milhões de doses de vacinas administradas de 243 milhões de doses recebidas, sendo que os dados do ECDC dependem sempre das comunicações dos países.
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Além dos constantes atrasos na entrega das vacinas e em doses aquém das contratualizadas por parte da farmacêutica AstraZeneca, a campanha de vacinação da UE tem sido marcada por casos raros de efeitos secundários como coágulos sanguíneos após toma deste fármaco, relação confirmada pelo regulador europeu, como aliás aconteceu com a vacina da Johnson & Johnson.
A vacina da Pfizer/BioNTech tem sido a mais procurada pela Comissão Europeia para superar estes problemas e manter o ritmo de vacinação na UE.
Assente na tecnologia do ARN mensageiro, a vacina Comirnaty (nome comercial da vacina Pfizer/BioNTech) é uma das quatro aprovadas na UE, às quais se juntam os fármacos da Moderna, Vaxzevria (novo nome do fármaco da AstraZeneca) e Janssen (grupo Johnson & Johnson).