Tensão EUA-Irão

Teerão promete responder com dureza ao ataque dos EUA

Escalada na tensão entre Estados Unidos e Irão.

SIC Notícias

As forças iraquianas confirmaram este sábado a queda de rockets junto à embaixada dos Estados Unidos em Bagdad e numa base aérea onde estão instalados militares americanos.

Estes ataques, que não fizeram vítimas mortais, ainda não foram reivindicados mas coincidem com o início do Funeral do General iraniano Qassem Solemani.

O comandante da força de elite iraniana Al-Quds, Qassem Soleimani, morreu na sexta-feira num ataque aéreo contra o aeroporto internacional de Bagdade que o Pentágono declarou ter sido ordenado pelo Presidente dos Estados Unidos. O ataque ocorreu três dias depois de um assalto inédito à embaixada norte-americana que durou dois dias e apenas terminou quando Trump anunciou o envio de mais 750 soldados para o Médio Oriente.

O ataque já suscitou várias reações, tendo quatro dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas -- Rússia, França, Reino Unido e China - alertado para o inevitável aumento das tensões na região e pedem as partes envolvidas que reduzam a tensão.

Trump ameaça o Irão

O presidente dos Estados Unidos deixou uma ameaça direta ao Irão: diz tem na mira 52 alvos iranianos, que serão atingidos se houver um ataque por parte de Teerão a posições norte-americanas.

Numa mensagem no Twitter, diz que alguns destes alvos irananos são de elevada importância e acrescenta que o possível ataque seria bastante rápido e muito duro

O Presidente norte-americano termina o texto com um novo recado aos responsáveis iranianos: os Estados Unidos não aceitam mais ameaças.

No Irão, o sentimento é de vingança, com o Presidente e os Guardas da Revolução a garantirem que o país e "outras nações livres da região" vão vingar-se dos Estados Unidos.

Também o líder supremo do Irão, o ayatollah Ali Khamenei, prometeu vingar a morte do general e declarou três dias de luto nacional, enquanto o chefe da diplomacia considerou que a morte como "um ato de terrorismo internacional".

Do lado iraquiano, o primeiro-ministro demissionário, Adel Abdel Mahdi, advertiu que este assassínio vai "desencadear uma guerra devastadora no Iraque" e o grande ayatollah Ali al-Sistani, figura principal da política iraquiana, considerou o assassínio de Qassem Soleimani "um ataque injustificado" e "uma violação flagrante da soberania iraquiana".

Embaixada emite alerta de segurança para cidadãos norte-americanos em Lisboa

A embaixada dos Estados Unidos em Lisboa emitiu este sábado um alerta de segurança aos cidadãos norte-americanos em Portugal por causa do aumento da tensão no Médio Oriente.

No alerta, difundido online, a missão diplomática dos Estados Unidos na capital portuguesa assinala que o "aumento de tensão no Médio Oriente pode resultar e riscos de segurança acrescidos para os cidadãos norte-americanos no estrangeiro" e aconselha os norte-americanos em Portugal a manterem uma postura discreta, redobrarem a atenção em locais frequentados por turistas, reverem os planos pessoais de segurança e a manterem os documentos de viagem atualizados e acessíveis.

A Embaixada adianta que continuará a acompanhar a situação de segurança e fornecerá informações adicionais se tal se revelar necessário.

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