TAP: o futuro e as polémicas

Inquérito TAP: recusado pedido do Chega para António Costa responder à comissão

O requerimento do Chega, apresentado no passado dia 15, para o primeiro-ministro responder à comissão parlamentar de inquérito à gestão da TAP foi recusado graças ao voto contra dos nove deputados do Partido Socialista.

ANTÓNIO COTRIM/AP

SIC Notícias

O Chega queria que o chefe do Governo respondesse “por escrito” à comissão de inquérito à TAP sobre o alegado acordo secreto entre o Executivo e o acionista privado da companhia aérea, David Neelman. O requerimento, apresentado no dia 15, foi esta quarta-feira votado e chumbado, com os votos contra do Partido Socialista (PS).

No documento, o Chega sustentava que na sequência das notícias tornadas públicas, “relativamente a um acordo secreto existente entre o Governo e o acionista privado da TAP, David Neelman, que teria permitido a este último receber cerca de 55 milhões de euros quando abandonou a companhia”, o grupo parlamentar do partido liderado por André Ventura solicitou esclarecimentos ao primeiro-ministro “sobre os contornos deste acordo, o seu âmbito e valores envolvidos”.

Apesar de terem votado contra sozinhos, já que os representantes dos restantes partidos na CPI votaram favoravelmente, o PS conseguiu travar o requerimento do Chega.

“A proposta foi rejeitada por maioria dos votos dos senhores deputados”, declarou o socialista Jorge Seguro Sanches, que preside à CPI. Os deputados do Bloco de Esquerda (BE), PCP, PSD e Chega uniram-se na votação favorável ao pedido mas sem sucesso.

No mesmo requerimento, o Chega pediu ainda que fosse “remetida a esta CPI toda a documentação referente a esse acordo sigiloso, datado de 2017, devido ao impacto que esse acervo documental poderá ter na análise e na ponderação no âmbito do inquérito parlamentar em curso” e que fossem “identificados, perante a CPI, todos os intervenientes do acordo, a nível governamental, e as instituições que intervieram ou deram o seu consentimento e validação à assinatura desse acordo, nomeadamente do ponto de vista jurídico e financeiro”.

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