Quase cinco dias passados desde o primeiro grande abalo e a situação permanece catastrófica na região.
Na Síria a situação é ainda mais delicado do que na Turquia por se tratar de um país dividido entre várias forças em conflito entre si, numa guerra civil que leva já quase 12 anos.
Apenas esta sexta-feira, o Presidente Bashar Al-Assad se deslocou de Damasco até à cidade de Aleppo, uma das mais afetadas.
No entanto, há outras regiões, sobretudo no noroeste, que estão nas mãos da oposição, onde a ajuda ainda não chega. As organizações no terreno estão desesperadas.
As Nações Unidas dizem ter já o segundo carregamento pronto a passar a fronteira da Turquia, mas as forças no terreno, nomeadamente a autodenominada brigada de defesa civil, os Capacetes Brancos, que assistem à população, desesperam com uma situação a cada hora mais difícil.
Os elementos da Cruz Vermelha internacional, que já conseguiram chegar a Alepo, descrevem uma situação de catástrofe agravada pelas baixas temperaturas.
Fora das zonas controladas pelo Governo a situação ainda é mais dramática. Em Jandaris, num mesquita danificada pelo sismo, as orações de sexta-feira são naturalmente dedicadas à catástrofe. Mais de 100 horas passadas sobre o primeiro sismo, ainda se procura por um milagre cada vez mais difícil de alcançar.