O Presidente russo, Vladimir Putin, disse esta segunda-feira que vai enviar equipas de resgate para a Turquia e Síria, após conversas telefónicas com os presidentes dos dois países sobre o sismo que matou milhares de pessoas
"Nas próximas horas, as equipas de resgate do Ministério de Situações de Emergência da Rússia partirão para a Síria", anunciou a Presidência russa, após uma conversa telefónica entre Putin e os seus homólogos sírio, Bashar al-Assad, e turco, Recep Tayyip Erdogan.
De acordo com o Kremlin, "o Presidente turco agradeceu calorosamente a Vladimir Putin por uma reação tão rápida e sincera", acrescentando que as autoridades turcas estavam instruídas para aceitar a ajuda das equipas de resgate russas".
Horas antes das conversas telefónicas entre os líderes dos três países, o Ministério de Situações de Emergência da Rússia já tinha preparado dois aviões para transportar as equipas de ajuda que serão enviadas para a Turquia.
Sismo na Turquia e Síria
O sismo ocorreu às 04:17 (01:17 em Lisboa), a 33 quilómetros da capital da província de Gaziantep, no sudeste da Turquia, a uma profundidade de 17,9 quilómetros.
Segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS) o tremor de terra que ocorreu esta segunda-feira registou uma magnitude de 7,8 e sentiram-se dezenas de réplicas.
Informações oficiais dão conta do colapso de edifícios nas cidades sírias de Alepo e Hama e em Diyarbakir, na Turquia, neste caso a mais de 300 quilómetros do epicentro.
Mais de 900 edifícios ficaram destruídos nas províncias turcas de Gaziantep e Kahramanmaras, segundo fontes governamentais.
O número de vítimas mortais na sequência do sismo não para de aumentar.
Para já, o Governo português e o Presidente da República garantem não ter informação de portugueses entre as vítimas.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, manifesta solidariedade com os povos da Turquia e da Síria, atingidos por um terramoto de magnitude 7,8 na escala de Richter.
“É uma tragédia e, se me permitem, até é maior a tragédia na Síria, do que na Turquia. É evidente que, na Turquia, ocorre-nos pensar mais rapidamente no que aconteceu, porque é um país mais próximo, mas cá está, com outras estruturas e o número de vítimas foi muito inferior àquilo que se imagina que é na Síria”, afirmou o Presidente da República.