Armando Vara foi condenado por dois anos de prisão efetiva por branqueamento de capitais. O tribunal deu como provado que o ex-ministro escondeu da Autoridade Tributária e Aduaneira mais de 530 mil euros. É o primeiro processo separado da Operação Marquês a ficar concluído.
O antigo administrador da Caixa Geral de Depósitos não esteve presente no Campus de Justiça, uma vez que está a cumprir pena de cinco anos na prisão de Évora, devido à condenação no caso Face Oculta.
A defesa considera que os dois anos de prisão efetiva é uma pena exagerada e “cheia de moralismos”.
Vara foi condenado por ter escondido 535 mil euros em sociedades offshore para não pagar impostos. Para os juízes, o ex-ministro tinha o dever moral de agir de forma diferente porque “exerceu altas funções públicas, esteve ao comando do país e ganhava num ano aquilo que a maioria não ganha em uma década de trabalho”.
Separado do processo principal da Operação Marquês, Armando Vara é agora condenado pelo único crime que restou à acusação inicial. Para trás ficaram quatro crimes, incluindo o de ter sido corrompido com um milhão de euros por empresários de Vale do Lobo.
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