Mário Soares disse a 26 de novembro, em Évora, que José Sócrates está a ser vítima de "uma campanha que é uma infâmia", argumentando tratar-se de "um caso político".
"Têm feito uma campanha contra ele que é uma infâmia. É a comunicação social que faz, mas são os tipos que estão por trás dela", acusou.
Segundo Soares, "toda a gente acredita na inocência [de José Sócrates] neste país" e que "todo o PS está contra esta bandalheira", apesar de este caso não ter "nada a ver com os socialistas".
Em sua opinião, "tem a ver com os malandros que estão a combater um homem que foi um primeiro-ministro exemplar".
Para o antigo chefe de Estado, José Sócrates foi tratado como se fosse "um malandro" e "nem sequer foi ao tribunal".
"Alguém o mandou ao tribunal, Qual tribunal", questionou, depois de os jornalistas terem dito que o ex-primeiro-ministro foi ouvido no Tribunal Central de Instrução Criminal, considerando que o caso "não é outra coisa senão um caso político".
Mário Soares considerou que José Sócrates "é um homem de dignidade e digno e nem sequer foi julgado", acrescentando que, "se for julgado, é absolvido".
Questionado sobre a prisão preventiva de Sócrates por alegado perigo de perturbação do inquérito, Soares respondeu: "Diga a esse juiz que é muito estranho, que eu também sou jurista", afirmou.
Com Lusa