O atletismo paralímpico português vai marcar presença nos Jogos de Tóquio empenhado "em conseguir alguns diplomas e talvez medalhas", garante o coordenador da modalidade, lembrando as dificuldades de preparação ditadas pela pandemia.
"Há muitos fatores que condicionam a prestação dos atletas, mas temos a expectativa de podermos sair de Tóquio com alguns diplomas e talvez medalhas", disse José Silva à agência Lusa, admitindo que repetir os dois pódios conseguidos nos Jogos do Rio em 2016 "será difícil".
Portugal apresenta-se no Japão com 10 atletas, menos sete do que há cinco anos no Brasil, entre os quais Miguel Monteiro, campeão europeu e recordista mundial do lançamento do peso F40 (baixa estatura), e Manuel Mendes, bronze na maratona T46 dos Jogos do Rio em 2016.
Nos Jogos Paralímpicos de Tóquio, que começam na terça-feira, não estarão, no entanto, Luís Gonçalves, medalhado em Pequim em 2008 e no Rio em 2016, e Lenine Cunha, que subiu ao pódio em Londres em 2012.
"Poderíamos estar ainda mais fortes se os Jogos tivessem sido em 2020", referiu José Silva à agência Lusa, alertando para o facto de a pandemia ter retirado da equipa "alguns atletas que não conseguiram mínimos".
Na modalidade na qual tem mais medalhas em Jogos Paralímpicos (53), Portugal vai apresentar três estreantes - Cláudia Santos, João Correia e Sandro Baessa - que se juntam a atletas mais experientes, entre os quais Odete Fiúza, que soma a sua sétima participação paralímpica.
As competições de atletismo, tal como todas as disputadas ao ar livre, poderão ser bastante influenciadas pelo calor e humidade da capital nipónica, factos que levam José Silva a alertar para a "imprevisibilidade" de resultados.
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