Jogos Olímpicos

As opções ecológicas na Aldeia Olímpica estão a afetar as condições dos atletas?

O medalhado italiano Thomas Ceccon foi encontrado a dormir nas ruas de Paris, por causa do calor nos quartos. O britânico Adam Peaty fala em “minhocas” na comida. E o que dizem das camas de cartão onde os atletas dormem? 

Rita Carvalho Pereira

Ana Isabel Pinto

Têm sido várias as críticas apontadas por atletas às condições nos Jogos Olímpicos de Paris. Desde a fraca qualidade da comida servida na Aldeia Olímpica à falta de ar condicionado nos quartos, há quem não tenha poupado nas críticas às condições oferecidas aos desportistas.

As camas dos atletas têm sido outro dos alvos das críticas. Na Aldeia Olímpica, as camas são feitas de cartão e formadas por três blocos separados (um para a cabeça, outro para o tronco e mais um para as pernas).

“Estou a dormir bem porque trouxe o meu próprio colchão”, afirma Elie Bacarie, atleta belga, em declarações à agência Reuters. “Há outros colegas que dizem que não estão a dormir tão bem.”

A ideia das camas de cartão é ser uma solução mais ecológica. As acomodações na Aldeia Olímpica foram, de acordo com a organização, construídas com 30% menos carbono por metro quadrado. No final das olimpíadas, as camas vão ser doadas a associações locais para servirem a pessoas em situação de sem-abrigo.

Matthew Clarke, atleta australiano, admite, contudo, que outros atletas “podem estar habituados a coisas mais extravagantes”.

“Em desporto mais bem pagos, como o basquetebol e assim, podem estar acostumados a camas mais confortáveis e a quartos maiores", nota.

Desde dormir na rua às "minhocas na comida"

A alegada falta de condições na Aldeia Olímpica já gerou algumas situações caricatas. É o caso do episódio que envolveu o italiano Thomas Ceccon (nadador vencedor de duas medalhas de ouro), que foi encontrado a dormir nas ruas de Paris. Alegou que não consegue descansar no quarto.

Também Gregorio Paltrinieri, colega de Ceccon na seleção italiana, afirmou não ser capaz de dormir. “Já estive em quatro Jogos Olímpicos e esta é, sem dúvida, a pior organização de todas. Não podem tratar os atletas desta forma”, afirmou.

Já o nadador britânico Adam Peaty falou mesmo na existência de "minhocas" na comida servida na Aldeia Olímpica. Entre os atletas que reclamaram está também um português, Diogo Ribeiro. O nadador criticou a alimentação, a distância entre o alojamento e o local de refeições, o horário das competições e as condições das piscinas.

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