Incêndios em Portugal

Politécnico da Guarda cria mapas digitais que ajudam a prevenir incêndios

Distrito da Guarda continua vulnerável e em perigo. Engenheiros geógrafos estudaram o que ardeu, o que sobrou do fogo, os declives e até a exposição solar, após o incêndio na Serra da Estrela no ano passado.

SIC Notícias

O Instituto Politécnico da Guarda mapeou todo o distrito e criou mapas digitais que podem ajudar a prevenir os incêndios florestais. A informação recolhida mostra que o coração da Serra da Estrela, fustigado no ano passado, continua vulnerável e em perigo.

O trabalho dos engenheiros geógrafos começou no final de agosto do ano passado, dias depois de extinto o incêndio na Serra da Estrela. Estudaram o que ardeu, o que sobrou do fogo, os declives e até a exposição solar.

Primeira conclusão: Manteigas foi dos concelhos mais afetados, mas continua a ser o mais vulnerávelde todo o distrito da Guarda. 6300 hectares ardidos, 52% da área florestal de Manteigas consumidos pelas chamas e ainda não está livre de perigo.

As cartas digitais do Politécnico da Guarda refletem também o perfil dos incêndios de outubro de 2017 e do verão passado. Ou seja, cinco anos não chegaram para ordenar a floresta e prevenir melhor os incêndios.

Nos últimos meses, ICNF e autarquias já fizeram o desbaste de várias encostas queimadas, mas ainda não se sabe qual é a reflorestação que se segue.

Todo o distrito da Guarda está mapeado ao detalhe - floresta, demografia, insuficiências e vulnerabilidades -, em complemento aos mapas de perigosidade nacionais. É uma preocupação em plena época severa de incêndios com um histórico recente de 28 mil hectares ardidos em 11 dias, 22 mil no Parque Natural da Serra da Estrela.

A procura de técnicos especializados em engenharia topográfica é elevada, mas a frequência da única licenciatura do país não vai além dos 10/12 alunos por ano.

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