Donald Trump continua a pressionar para que se concretize um encontro entre Vladimir Putin e Volodymyr Zelensky. O presidente dos Estados Unidos da América garante ainda que o líder russo mostrou abertura para falar de desarmamento nuclear.
O tempo está a contar, e Trump não quer que nem Putin nem Zelensky se esqueçam disso. “Acho apropriado que se encontrem. Eles não se dão exatamente bem, como se pode compreender.”
“Veremos o que acontece na próxima semana ou duas. E, nessa alura, intervirei com toda a firmeza. Se tiver de lá estar, lá estarei. E ou chegamos a um acordo, ou não, mas há muita gente a morrer e quero acabar com isso”, declarou o presidente norte-americano.
Trump admite que o conflito na Ucrânia tem sido muito mais difícil de resolver do que pensava, mas também diz acreditar que a deslocação de Putin ao Alasca - “uma grande concessão” que fez que estão de agradecer - é um sinal de que o presidente russo quer alcançar um entendimento.
A pressão internacional sobre a Rússia
Sobre concessões territoriais, Zelensky mantém-se firme: recusa fazê-las em eventuais negociações de paz. Ao enviado especial dos EUA voltou a pedir mais pressão sobre a Rússia para pôr fim ao conflito.
O mesmo pede o chanceler alemão, Friedrich Merz. “Cabe agora à Rússia decidir. Se o presidente russo estiver a falar a sério sobre o fim da matança, então aceitará a oferta [de um encontro com Zelensky]”, defendeu.
“Se o lado russo não der esse passo, então será necessária mais pressão. Nós, na União Europeia, estamos a trabalhar em novas sanções. E o presidente norte-americano também não exclui a hipótese de novas tarifas punitivas.”
As declarações do líder alemão foram feitas ao lado do primeiro-ministro do Canadá, que também voltou a garantir apoio à Ucrânia. Como a Alemanha, o Canadá faz também parte do grupo que trabalha em acordos de segurança que poderão vir a estar na base de um futuro acordo de paz. O país já admitiu também que poderá enviar tropas para o território ucraniano depois da guerra.