Kiev não confirma oficialmente, mas Zelensky terá sinalizado aos aliados europeus que está disponível para entregar a Moscovo áreas que as forças russas controlam nas regiões ocupadas. Esta quarta-feira, o Presidente ucraniano vai reunir-se por teleconferência com Donald Trump e vários líderes europeus.
Em contagem decrescente para a cimeira entre Donald Trump e Vladimir Putin, os parceiros de Kiev intensificam iniciativas para pressionar os Estados Unidos a não ceder aos intentos do líder russo.
Excluídos das conversações no Alasca, todos os países da União Europeia, exceto a Hungria, avisaram que quaisquer negociações relativas à Ucrânia só podem ocorrer no contexto de um cessar-fogo ou de uma diminuição das hostilidades por parte da Rússia.
Numa declaração conjunta, os 26 insistem que o caminho para a paz não pode ser decidido sem a Ucrânia, mas Trump não só dispensa a presença do Presidente ucraniano, como manifesta desagrado por não poder acelerar a troca de territórios que preconiza para chegar a acordo com Putin.
Consolida-se o receio de que Trump, com pressa de chegar a um acordo, possa comprometer-se com Putin e impor condições que Kiev não poderá aceitar.
Num esforço para formar uma frente unida que influencie a posição norte-americana, os líderes da Alemanha, França, e Reino unido vão presidir a uma reunião por videoconferência com Trump e Zelensky, esta quarta-feira, que junta ainda os líderes de Itália, Finlândia, Polónia, o secretário-geral da NATO e os presidentes da Comissão e do Conselho Europeus.
Muitos analistas acreditam que Vladimir Putin não deverá desistir dos objetivos estratégicos. No mínimo, ganha tempo e rompe o isolamento internacional.