Guerra Rússia-Ucrânia

“Putin não quer parar a guerra. Quer arrastar, enrolar e não dar nada em troca"

O comentador da SIC Luís Ribeiro alerta para o risco de a Rússia “não dar nada em troca” e refere uma proposta que poderá deixar quatro regiões ucranianas nas mãos de Moscovo.

Luís Ribeiro

Haverá um encontro nos próximos dias entre Trump e Putin sem Zelensky. A relação entre os dois líderes mundiais inicialmente amigável degradou-se significativamente devido à continuação da guerra na Ucrânia, mas a deslocação do enviado da Casa Branca, Steve Witkoff a Moscovo foi aparentemente bem-sucedida e permitiu este novo passo.

Putin e Trump vão reunir-se em breve sem Zelensky, numa aproximação diplomática à custa de concessões polémicas. Segundo Luís Ribeiro, o enviado de Trump terá oferecido um cessar-fogo em troca do levantamento de sanções e da aceitação tácita da anexação russa de territórios ucranianos.

“O que Putin mais queria era uma reunião com Trump para fazer aquilo que tem feito melhor: arrastar, enrolar e garantir que a Rússia não dá nada em troca de um cessar-fogo”.

O conteúdo da proposta levada por Witkoff terá incluído, entre outras medidas, o levantamento da maioria das sanções à Rússia, a reabertura da compra de gás e petróleo russo por países europeus e, o mais sensível para Kiev, a aceitação de facto da ocupação de quatro regiões ucranianas por parte de Moscovo, por um período de 49 a 99 anos.

“Estão a prometer o que não lhes cabe dar. Não são os EUA que obrigam a Europa a comprar gás russo”.

Este é um dos temas em análise no habitual explicador do Jornal do Dia, por volta das 13:45.

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