Os drones ucranianos atingiram uma fábrica russa de “sistemas de defesa antiaérea” e “drones” para o exército russo. O ataque ocorreu esta terça-feira, em Izhevsk, a mais de mil quilómetros da fronteira entre a Ucrânia e a Rússia.
Trata-se de uma cidade com pouco mais de 600 mil habitantes, localizada a cerca de 1.000 quilómetros a leste de Moscovo. Do lado russo, há a afirmação do controlo total de Lugansk, no leste da Ucrânia.
A Rússia já nomeou um oficial russo como chefe da região. A confirmar-se, será a primeira região ucraniana a ficar totalmente sob o controlo das forças de Moscovo desde que a Rússia anexou a península da Crimeia, em 2014.
Outra região, novos ataques: Donetsk, anexada pela Rússia desde 2022, depois de um referendo contestado por Kiev e pelo Ocidente, foi alvo de mísseis ucranianos durante a noite de segunda-feira.
O dia trouxe luz à destruição e à reconstrução, pelo menos num mercado que foi atingido. Uma pessoa morreu e três ficaram feridas. No “diz-que-disse” próprio dos conflitos armados, esta terça-feira, destacam-se as acusações de um alto funcionário dos Estados Unidos à Rússia, afirmando que o país está a prolongar o conflito na Ucrânia enquanto continua a atacar civis.
A Rússia garante não ter qualquer vontade de atrasar as negociações com a Ucrânia. Moscovo afirma querer alcançar os objetivos da “operação militar especial”. Antes, quem tinha acusado Kiev e Washington de atrasar eventuais progressos foi o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.
Na Ucrânia, o presidente pediu ao parlamento que ratifique o acordo entre o país e o Conselho da Europa para a criação de um Tribunal Especial para o Crime de Agressão Russa contra a Ucrânia. Volodymyr Zelensky apelou para que a Rússia sinta, ainda este ano, que “a responsabilização pelo crime de agressão é inevitável”.