Os ataques entre Rússia e Ucrânia continuam a intensificar-se, tanto no campo de batalha como nas acusações mútuas. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, acusou agora a Rússia de usar a troca de prisioneiros como uma manobra política.
Há uma semana, a Ucrânia surpreendeu Putin com um ataque a milhares de quilómetros da sua fronteira. A operação, apelidada de “Teia de Aranha” por Kiev, visou mais de 40 bombardeiros russos em cinco aeródromos militares. O ataque, que foi planeado durante mais de um ano, resultou num dos maiores golpes contra as forças aéreas russas desde o início da guerra.
A retaliação russa
Dias depois, a Rússia retaliou com força. Mais de 200 drones e vários mísseis atingiram Kharkiv, numa série de ataques violentos que duraram 24 horas, resultando em mais mortos e feridos entre a população ucraniana.
Troca de prisioneiros e acusações de manipulação política
No plano negocial, estava prevista uma troca de prisioneiros e corpos de soldados mortos em combate, mas, até agora, a transação ainda não se concretizou. Zelensky acusou a Rússia de usar a questão da troca de prisioneiros como uma estratégia política, alegando que Moscovo ainda não forneceu a lista com os mais de mil detidos que seriam trocados.
A Rússia, por sua vez, afirmou que está à espera da confirmação por parte da Ucrânia para proceder com a troca, conforme os acordos feitos em encontros em Istambul, mas que foram posteriormente adiados.