Guerra Rússia-Ucrânia

Rússia e Ucrânia continuam com acusações mútuas e troca de prisioneiros fica em suspenso

A troca de prisioneiros planeada entre os dois países está em risco, com o presidente ucraniano a acusar a Rússia de manipulação política nesta questão.

Catarina Neves

Os ataques entre Rússia e Ucrânia continuam a intensificar-se, tanto no campo de batalha como nas acusações mútuas. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, acusou agora a Rússia de usar a troca de prisioneiros como uma manobra política.

Há uma semana, a Ucrânia surpreendeu Putin com um ataque a milhares de quilómetros da sua fronteira. A operação, apelidada de “Teia de Aranha” por Kiev, visou mais de 40 bombardeiros russos em cinco aeródromos militares. O ataque, que foi planeado durante mais de um ano, resultou num dos maiores golpes contra as forças aéreas russas desde o início da guerra.

A retaliação russa

Dias depois, a Rússia retaliou com força. Mais de 200 drones e vários mísseis atingiram Kharkiv, numa série de ataques violentos que duraram 24 horas, resultando em mais mortos e feridos entre a população ucraniana.

Troca de prisioneiros e acusações de manipulação política

No plano negocial, estava prevista uma troca de prisioneiros e corpos de soldados mortos em combate, mas, até agora, a transação ainda não se concretizou. Zelensky acusou a Rússia de usar a questão da troca de prisioneiros como uma estratégia política, alegando que Moscovo ainda não forneceu a lista com os mais de mil detidos que seriam trocados.

A Rússia, por sua vez, afirmou que está à espera da confirmação por parte da Ucrânia para proceder com a troca, conforme os acordos feitos em encontros em Istambul, mas que foram posteriormente adiados.

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