Foi o primeiro cara-a-cara entre Vladimir Putin e Volodymyr Zelensky. Aconteceu em Paris, em dezembro de 2019, e procurava uma solução para a guerra no leste da Ucrânia, que começara quatro anos antes. O recém-eleito presidente ucraniano estava otimista e longe de imaginar que o conflito no Donbass se alastraria, em breve, a todo o país.
Quatro dias após a invasão em larga escala, teve lugar a primeira ronda de negociações. Decorreu na fronteira com a Bielorrússia, mas terminou como começou: sem qualquer solução.
Turquia mediou vários encontros
Uma semana e meia depois, a Turquia surgiu, pela primeira vez, como um dos principais intermediários. Acolheu vários encontros e serviu de palco à assinatura do acordo que permitiu à Ucrânia voltar a exportar cereais pelo Mar Negro. O tratado durou um ano, mas foi rasgado pela Rússia de Vladimir Putin, que também rejeitou os sucessivos esforços para a paz — da Dinamarca à Arábia Saudita, de Malta à Suíça.
Presidente dos EUA entra em cena
Donald Trump não conseguiu pôr fim à guerra em 24 horas, como prometera, mas abriu um canal direto com a Rússia e atribuiu à Ucrânia um papel secundário.
Um mês depois de ter sido humilhado na Casa Branca, Zelensky aceitou a proposta dos EUA para um cessar-fogo de 30 dias. No entanto, a iniciativa foi rejeitada pela Rússia, que decretou apenas uma breve trégua durante o fim de semana da Páscoa.
Trump e Zelensky estiveram juntos no Vaticano
O funeral do Papa Francisco serviu de palco a uma cimeira improvisada. Trump e Zelensky voltaram a estar frente a frente, no primeiro encontro em que pareceram estar ao mesmo nível. Os Estados Unidos pressionaram a Rússia — e a Rússia respondeu.
Rússia tem exigências para o fim do conflito
Volodymyr Zelensky respondeu à proposta com um convite para um novo frente-a-frente. Como sempre, a bola está do lado da Rússia, que já avisou que não vai abdicar de duas exigências: travar a adesão de Kiev à NATO e ver reconhecido todo o território ucraniano que diz ter anexado.