O chanceler alemão diz que a União Europeia se prepara para agravar as sanções contra a Rússia, se até ao final da semana não houver avanços nas negociações de cessar-fogo na Ucrânia.
Friedrich Merz referiu, esta terça-feira, que o setor da energia e o mercado financeiro podem ser os mais afetados.O chanceler alemão recebeu hoje o primeiro-ministro da Grécia.
Em conferência de imprensa, disse que a visita de líderes europeus a Kiev, no sábado, deve ser entendida como um claro sinal da determinação em apoiar a Ucrânia. Friedrich Merz garante que não vão aceitar que as fronteiras da Europa sejam alteradas.
Fontes diplomáticas afirmam, no entanto, à Reuters, que é cada vez mais difícil conseguir a unanimidade necessária entre os 27 membros do bloco para aprovar novas medidas importantes. A Hungria, que mantém laços com a Rússia, bloqueia com frequência as sanções contra Moscovo.
Algumas autoridades europeias afirmam estar em coordenação com os Estados Unidos sobre possíveis novas sanções, mas ainda não é claro se Trump está disposto a unir forças com os europeus.
O Presidente da Ucrânia pediu esta terça-feira aos aliados ocidentais para adotarem as sanções "mais pesadas" de sempre se o chefe de Estado da Rússia recusar estar presente no encontro marcado para quinta-feira na Turquia. A ausência de Vladimir Putin em Istambul será o "sinal definitivo" de que Moscovo não quer parar a guerra nem está disposto a negcoiar, considerou Volodymyr Zelensky."
A proposta da reunião partiu de Putin que, no sábado à noite, sugeriu que fossem iniciadas negociações diretas entre as partes a 15 de maio, em Istambul.
Rússia sem medo de sanções ocidentais, diz Putin
O Presidente russo, Vladimir Putin, já respondeu à ameaça europeia de novas sanções. Afirmou que "não há necessidade de temer" sanções do Ocidente devido à guerra na Ucrânia, referindo, porém, que é preciso que a Rússia esteja preparada para reduzir os seus efeitos.
"Não há necessidade de ter medo. Quem começa a ter medo perde rapidamente", disse o líder do Kremlin numa reunião com membros de uma organização empresarial, após um grupo de países ocidentais terem ameaçado Moscovo com novas sanções se recusar a suspensão dos combates na Ucrânia.
Vladimir Putin recomendou, no entanto, que se deve "compreender o que pode acontecer" como resultado das restrições ocidentais.
"Temos de estar preparados para qualquer movimento que os nossos potenciais adversários futuros possam fazer", insistiu.