Guerra Rússia-Ucrânia

Paulo Rangel lamenta discussão de Trump e Zelensky: "Há frustração, mas há vontade de retomar diálogo"

O ministro Paulo Rangel lamentou o momento tenso entre Trump e Zelensky na Casa Branca. Em entrevista à SIC Notícias, disse que Portugal mantém firme o apoio à Ucrânia.

Ana Luísa Monteiro

O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, lamenta a discussão de sexta-feira na Casa Branca, onde Donald Trump e Volodymyr Zelensky protagonizaram um momento tenso. O ministro reforçou a posição firme de Portugal no apoio à Ucrânia.

"O Governo português, o Estado português, tem sido muito claro nas suas posições. A nossa posição quanto ao conflito que resultou na invasão da Ucrânia é claríssima", afirmou Rangel.

Em entrevista à SIC Noticias sublinhou ainda que Portugal tem feito "um esforço enorme, financeiro, político, humanitário e militar para apoiar a Ucrânia", sempre em consonância com a União Europeia e a NATO, e garantiu que essa postura "não se alterou um milímetro".

Sobre o incidente na Sala Oval, Paulo Rangel admitiu que é uma situação preocupante para Portugal e para os países europeus, que procuram manter uma boa relação com os Estados Unidos.

"É algo que nos cria, desde logo, um estado de forte preocupação e lamento, porque, para Portugal, como para grande parte dos países europeus, é fundamental continuar a ter uma excelente relação com os EUA para podermos ultrapassar esta situação negativa", declarou.

O ministro revelou ainda que, depois de ter falado ontem com o homólogo ucraniano, deu conta de um sentimento de frustração, principalmente por ter caído o acordo sobre os minerais raros.

"Nós defendemos uma paz justa e sustentável. Aquele acordo era, de facto, uma boa base para isso. Senti que havia vontade de retomar um diálogo, e espero que isso ainda seja possível", disse.

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