Os militares ucranianos asseguram que conseguiram atingir posições inimigas e aliviar a pressão, mas admitem que as forças russas estão a reforçar as unidades para tentar romper toda a linha de defesa ucraniana em direção a Bakhmut.
Com a ajuda militar em suspenso, os responsáveis europeus vão sugerindo, alternadamente, soluções para o impasse. Depois do apelo de Berlim para que não se tocasse mais no assunto, o ministro polaco dos Negócios Estrangeiros admitiu que a presença de tropas da NATO na Ucrânia não é impensável e agradeceu a Macron por ter falado nisso.
Já o ministro britânico dos Negócios Estrangeiros voltou a insistir que as armas de longo alcance são úteis para a Ucrânia e admitiu ajudar no impasse germânico, propondo que a Alemanha forneça os mísseis Taurus ao Reino Unido que, por sua vez, enviaria para a Ucrânia mísseis Storm Shadow de longo alcance .
A Rússia continua a lançar ataques a várias cidades ucranianas. Em Nikopol, um adolescente morreu este sábado e, em Kherson, um rapaz de sete anos está hospitalizado depois de um míssil ter atingido a casa dos avós. A Rússia insiste na esgotada narrativa de que não atinge alvos civis.
Durante a deslocação de Volodymyr Zelensky à Turquia, Recep Tayyip Erdogan voltou a disponibilizar-se para acolher uma cimeira de paz, que inclua a Rússia. O Presidente ucraniano rejeita a fórmula turca, admite um representante de Moscovo na cimeira já prevista para a Suíça, mas só se houver um roteiro para a paz. Nos atuais termos, está fora de hipótese.
O Grupo de Contacto de Defesa da Ucrânia deverá voltar a reunir-se em Ramstein, na Alemanha, a 19 de Março. O encontro não foi oficialmente confirmado, mas terá sido pedido pelo secretário da defesa norte-americano.