Guerra Rússia-Ucrânia

Rússia contraria Ucrânia e diz que a guerra "não está estagnada"

Porta-voz da Presidência russa, Dmitri Peskov, diz que o conflito não está num “ponto morto” e que a Rússia continua a “levar a cabo a operação militar especial”, em que todos os objetivos serão alcançados.

Dmitri Peskov
VLADIMIR PIROGOV

SIC Notícias

Lusa

O Kremlin contrariou esta quinta-feira as declarações do chefe do Exército da Ucrânia, Valeri Zaluzhni, sobre o "estagnação da guerra", frisando que a campanha militar russa continua no sentido de alcançar os seus objetivos.

"Não, o conflito não está em 'ponto morto'. A Rússia continua a levar a cabo a operação militar especial. Todos os objetivos determinados devem ser alcançados", disse o porta-voz da Presidência russa, Dmitri Peskov em conferência de imprensa.

Zaluzhin escreveu num artigo publicado na revista The Economist que a guerra estancou numa fase de posições, não se devendo esperar manobras significativas dos dois lados.

O general ucraniano considera que para sair desta situação que aponta como estagnação é necessário "um grande avanço tecnológico".

Valeri Zaluzhin reconheceu que errou ao acreditar que as elevadas baixas infligidas ao inimigo (Rússia) - que quantificou em 150 mil mortos - podiam deter a guerra.

Estas declarações do chefe do Exército de Kiev ocorrem cinco meses depois da contraofensiva ucraniana em que a Ucrânia avançou apenas 17 quilómetros, de acordo com a revista britânica.

Peskov responde afirmando que Kiev "tem de compreender" que não pode vencer a Rússia no campo de batalha.

"Quanto mais cedo o regime de Kiev o entender, mais perspetivas se podem abrir (para uma solução)", concluiu Peskov.

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