O Governo chinês confirmou esta quarta-feira que o cardeal Matteo Zuppi, encarregado pelo Papa Francisco de promover a paz na Ucrânia, "vai visitar em breve" o país asiático.
A Santa Sé anunciou na terça-feira que o cardeal estaria na China entre esta quarta-feira e sexta-feira.
A porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Mao Ning, disse em conferência de imprensa que o representante do Governo chinês para os Assuntos Eurasiáticos, Li Hui, vai reunir-se com Zuppi, embora não tenha dado mais pormenores sobre a agenda do representante papal.
Li visitou a Ucrânia em maio, onde afirmou que "todas as partes têm de criar condições para acabar com a guerra" e "iniciar conversações de paz".
Mao disse que a China "sempre esteve empenhada em promover a paz" e que está "disposta a desempenhar um papel construtivo" no desanuviamento das tensões.
De acordo com o Vaticano, a visita de Zuppi "constitui um novo passo na desejada missão do Papa de apoiar medidas humanitárias e procurar caminhos que possam conduzir a uma paz justa".
Em maio passado, o Papa Francisco criou uma missão de paz para procurar iniciativas que "contribuam para reduzir as tensões no conflito na Ucrânia" e confiou-a a Zuppi, um conhecido mediador e também arcebispo da cidade italiana de Bolonha.
Nos últimos meses, Zuppi deslocou-se à Ucrânia para se encontrar com o Presidente ucraniano, Volodymir Zelenski, e depois voou para Moscovo, onde foi recebido pelo presidente da Federação Russa para os assuntos de política externa, Yuri Ushakov.
A China e a Cidade do Vaticano não têm relações diplomáticas oficiais e existem disputas sobre a nomeação de bispos no país asiático.