Guerra Rússia-Ucrânia

Putin descarta isolamento internacional e prevê futuro "autossuficiente"

O líder russo sublinhou que todos os cidadãos, desde cientistas a empresários, camponeses e artistas, têm dado o seu contributo para que o país seja "autossuficiente, incluindo nas esferas da segurança e defesa".

SPUTNIK/Reuters

SIC Notícias

Lusa

O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, rejeitou esta terça-feira um cenário de isolamento internacional do país, prometendo à população russa um futuro "autossuficiente", em pleno período de contraofensiva ucraniana que tenta recuperar posições no leste e sul do país.

"O nosso futuro depende de nós", afirmou o líder russo durante a sua intervenção no Fórum Económico Oriental de Vladivostok, na qual delineou uma imagem vitoriosa da situação na frente de guerra na Ucrânia, onde, segundo Kiev e os aliados ocidentais, regista pesadas perdas.

Putin sublinhou que todos os russos, desde cientistas a empresários, camponeses e artistas, dão o seu contributo para que o país seja "autossuficiente, incluindo nas esferas da segurança e defesa".

"Isto não significa isolamento, porque em cooperação com os nossos parceiros e amigos vamos desenvolver o país e torná-lo mais forte" para "conservar a alma da Rússia".

Vladimir Putin vai reunir-se o líder norte-coreano, Kim Jong-un, que viajou acompanhado de uma delegação de responsáveis militares que gerem o armamento nuclear norte-coreano: Este encontro tem suscitado preocupações por parte de países ocidentais, que receiam um potencial negócio de armas para a guerra na Ucrânia.

Numa referência à situação na linha da frente na Ucrânia, o Presidente russo assegurou que a contraofensiva desencadeada há três meses por Kiev "não tem resultados".

"Registam muitas perdas", destacou, antes de rotular a contraofensiva de "fracasso" à semelhança de outras ocasiões.

Ao comentar os planos dos aliados de Kiev para o fornecimento de caças F-16, Putin assegurou que o envio desses aparelhos não alterará a relação de forças no terreno.

"Vão simplesmente fazer escalar o conflito", assegurou, ao assinalar que a chegada de munições de fragmentação à Ucrânia não alterou a situação na frente.

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