Zelensky acusa Moscovo de colocar explosivos em dois reatores da central nuclear de Zaporíjia. O Kremlin diz que é a Ucrânia que está a planear um ataque no local. Germano Almeida comenta ainda o prolongamento do mandato de Stoltenberg na NATO, as declarações de Putin aos aliados e o acordo dos cereais.
A central nuclear de Zaporíjia está numa cidade que ainda se mantém sob domínio ucraniano, mas a central é dominada pela Rússia.
O Presidente ucraniano diz que o Kremlin está a preparar uma “provocação”, "fala mesmo no tipo de bombas que a Rússia está a preparar para lá colocar, as movimentações de retirada russa ao nível dos funcionários e quem lá está na própria central, até diz que irão para a Crimeia".
Por seu lado, a Rússia acusa a Ucrânia de ontem à noite ter preparado um ataque de drones - que não se confirmou.
“Dentro do nevoeiro da guerra não sabemos quem é que tem razão na acusação mútua”.
A verdade é que o Ministério da Saúde da Ucrânia está a preparar os cidadãos das zonas que moram muito perto da central para o que fazer num caso de emergência.
Putin agradece aos parceiros China e Índia
Na cimeira de líderes da Organização para a Cooperação de Xangai, participaram os Presidentes russo e chinês, “foi o primeiro momento internacional de Putin pós-rebelião de Wagner e humilhação a 24 de junho”.
“Putin dá aparentemente um sinal de força ao agradecer a Modi e a Xi e a outros líderes de países Ásia Central pelo apoio institucional nesse dia 24 de junho e, portanto, considerou que esses países foram muito claros a dizer que era uma rebelião inaceitável”.
"Putin voltou a ter a dizer coisas absolutamente ridículas. Disse que a Rússia está a ganhar com a guerra e tem uma economia mais pujante, o que não é verdade: no primeiro trimestre de 2023, em comparação com o período homólogo, houve uma queda de 45% nas receitas ao nível dos combustíveis fósseis - tem a ver com as sanções -, mesmo tendo aumentado bastante a venda para países como China e Índia, e a contração da economia russa em 2 ou 3%".
Stoltenberg prolonga mandato e encontro com Zelensky
Stoltenberg continua como secretário-geral da NATO por mais um ano, uma extensão do mandato que já devia ter terminado e que só continua por causa da guerra.
“É bom porque de facto sinaliza a boa liderança de Stoltenberg naquilo que tem a ver com a revitalização do propósito da NATO desde o início desta guerra”.
Zelensky conversou com o secretário-geral da NATO não só sobre a próxima cimeira da Aliança Atlântica, mas também sobre a contraofensiva ucraniana.
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“A Rússia faz sempre isto, mas a Rússia é a primeira a saber que tem também interesse em continuar esse acordo pela simples razão que no posicionamento que têm países da Ásia, Médio Oriente, África, que não teria condições de aumentar ainda mais esses ónus de estar a provocar um problema de segurança alimentar”.