Um camião com ajuda humanitária para a Ucrânia saiu de Portugal a 5 de junho, mas acabou barrado na fronteira, entretanto seis dias depois as autoridades eslovacas autorizaram a passagem do camião, mas parte da mercadoria foi retida.
“Foi-nos dito que era necessário uma autorização alfandegária, o que para nós foi um espanto dado tratar-se de carga humanitária. Tive de transformar uma carga humanitária em carga comercial, em que nos obrigaram a contar cada embalagem num camião com 20 toneladas”, disse Miguel Dams, voluntário da PT AID.
Miguel Dams garante que em mais de um ano foi a primeira vez que viu retida parte da ajuda humanitária.
“Isto desmotiva as empresas, imaginem uma empresa de camionagem que vai investir e, neste caso, fez um patrocínio desta deslocação humanitária vai fazer contas e vai pensar que se calhar não compensa ficar sem um transporte durante 20 ou 25 dias”, explicou o voluntário.
Os medicamentos têm um valor estimado de 50 mil euros e destinam-se a um hospital na região oeste da Ucrânia. Este foi o 23.º camião com ajuda humanitária a chegar à Ucrânia, graças a doações de empresas e particulares.