Nas imediações do Parque Gorky, em Moscovo, um placard eletrónico informa quem passa sobre os preparativos para um ataque nuclear: uma mala de emergência deve incluir um rádio, comida e água para três dias.
Noutra zona da capital russa, outro outdoor localiza o abrigo subterrâneo mais próximo em caso de bombardeamento com ogivas nucleares à Rússia.
Mas os moscovitas não parecem muito preocupados.
“Estes avisos não me assustam (...). Acho que vivemos no país mais seguro do mundo”, afirma um.
“Verifiquei a distância até ao bunker mais próximo e é tão longe que não seria capaz de lá chegar. Mas estou tranquilo”.
O ministério de Emergências da Rússia diz que esta campanha pública existe há muitos anos, mas que só agora é que a população começou a notar.
Com a guerra da Ucrânia, e as tropas russas bloqueadas no terreno, o Kremlin voltou a usar o estatuto de potência nuclear e a ameaça do uso deste tipo de armamento.
Já esta semana, Vladimir Putin confirmou a transferência de armas nucleares táticas para o território da vizinha e aliada Bielorrússia.
Ao mesmo tempo, anunciou exercícios militares em três regiões. Milhares de soldados testam, por estes dias, o sistema Yars e o lançamento de mísseis balísticos intercontinentais capazes de transportar ogivas nucleares.