Guerra Rússia-Ucrânia

Ucrânia: primeiro-ministro do Japão sente "grande revolta" na visita a Kiev e Bucha

A visita foi inesperada, por razões de segurança, mas era o líder dos G7 que restava na ronda de visitas a Kiev. Japão está na Ucrânia e China está na Rússia, na esperança de "promover conversações".

SIC Notícias

O primeiro-ministro japonês está em Kiev numa visita surpresa e era o único líder do G7 que ainda não tinha ido à capital ucraniana.

O líder do Japão deverá, ainda esta terça-feira, encontrar-se com Volodymyr Zelensky. Mas, no entretanto, já participou numa homenagem aos soldados ucranianos vítimas da guerra e visitou Bucha, onde, no ano passado, foram encontradas centenas de valas comuns.

“O mundo ficou em choque ao ver civis inocente mortos em Bucha há um ano. Ao pisar hoje o solo de bucha, sinto uma grande revolta por todos estes atos atrozes”, referiu Fumio Kishida.

O primeiro-ministro do Japão fez um momento de silêncio e deixou flores junto a uma igreja da cidade.

Kishida, que viajou para Kiev de comboio a partir da Polónia, deveria ter regressado esta terça-feira a Tóquio depois de se ter reunido com o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, em Nova Deli na segunda-feira.

Em janeiro, Kishida disse no parlamento japonês que visitaria a Ucrânia "se as condições fossem adequadas".

Kishida estava a planear uma possível viagem à Ucrânia desde o início do ano, de acordo com os meios de comunicação locais.

A imprensa japonesa referiu que a viagem a Kiev não podia ser programada com grande antecedência ou tornada pública devido a preocupações de segurança.

O cenário geopolítico

A visita do líder japonês à Ucrânia coincide com a do Presidente chinês, Xi Jinping, à Rússia, que Tóquio disse estar a acompanhar de perto.

Xi manterá conversações hoje com o Presidente russo, Vladimir Putin, sobre uma iniciativa de Pequim para tentar resolver o conflito entre a Rússia e a Ucrânia.

A China manifestou esta terça-feira a esperança de que a viagem de Kishida à Ucrânia sirva para "arrefecer a situação" e não o contrário.

O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Wenbin, disse que a comunidade internacional deve "promover conversações que criem as condições necessárias para uma solução política para a 'crise' na Ucrânia".

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