Guerra Rússia-Ucrânia

"Esta é uma guerra de agressão. Para esta guerra acabar a Rússia tem de parar a agressão"

O comentador da SIC, Germano Almeida, faz a análise dos apoios prometidos - e negados - à Ucrânia.

Germano Almeida

A Ucrânia deverá receber até 140 tanques de 12 países ocidentais para aquela que poderá ser a fase decisiva da guerra. A informação foi avançada pelo ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano que disse que esta será apenas a primeira de várias tranches. O comentador da SIC, Germano Almeida, faz a análise dos apoios prometidos - e negados - à Ucrânia.

A Ucrânia tem a garantia de mais de 300 tanques, mas numa primeira fase vai receber 140.

"Esperemos que esta não seja uma decisão que tenha chegado tarde".

A ministra da Defesa espanhola disse que os tanques Leopard 2 que a Espanha tem estão “num estado absolutamente lamentável”. Estão há 10 anos parados numa base em Saragoça e, na melhor das hipóteses, poderão ser enviados para a Ucrânia no verão, segundo a ministra.

A Polónia e outros países estão a tentar antecipar as entregas e o programa de treino dos militares ucranianos para usar os tanques está a ser reduzido de 10 para 5 semanas.

“A Rússia, sabendo disto tudo, vai fazer tudo para antecipar a tal grande ofensiva e mobilização. O tempo até está a ajudar, portanto, o que se esperava par abril poderá ser, infelizmente, nas próximas semanas ou março”.

Joe Biden diz "não" ao envio de caças F-16 para a Ucrânia

O Presidente dos Estados Unidos garantiu esta terça-feira que o seu país não vai enviar caças F-16 para a Ucrânia, apesar dos pedidos de aviões de combate por Kiev para enfrentar a invasão russa.

“É outra fase da guerra. Estamos a falar de caças de 4ª geração”.

Japão aumenta orçamento para a defesa e o risco China-Taiwan

O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, elogiou hoje o Japão por decidir duplicar o orçamento militar nos próximos cinco anos, referindo que este é um compromisso do país com a segurança num mundo volátil.

"Esta guerra não interessa só à Europa. Há uma espécie de analogia entre o risco europeu da Rússia na Ucrânia e o risco no Indo-Pacífico - que interessa ao Japão, Índia, Austrália -, da China relativamente a Taiwan.

“Interessa ao Japão que a Rússia não tenha sucesso relativamente à Ucrânia para não empoderar a China”

Lula nega apoio à Ucrânia

O Presidente brasileiro, Lula da Silva, disse que o Brasil não tem qualquer interesse em ceder munições à Ucrânia. A Alemanha pediu ao Brasil que fornecesse munição de tanques para que Berlim as enviasse à Ucrânia. Esse pedido foi categoricamente negado.

“É absolutamente lamentável que o Presidente Lula faça equiparação entre agressor e agredido dizendo que os dois têm de contribuir para a paz. Esta é uma guerra de agressão. Para esta guerra acabar a Rússia tem de parar a agressão. O Brasil devia posicionar-se mais na ajuda à Ucrânia e em criticar a Rússia”.

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