A Noruega confirmou oficialmente a prisão do combatente russo do grupo Wagner. Garantiu que não vai deportar Andrei Medvedev para Moscovo. O combatente russo que comandou um destacamento de mercenários na Ucrânia desertou a semana passada, pediu asilo político a Oslo.
O desertor do grupo Wagner atravessou a fronteira norueguesa do Ártico. Os últimos quilómetros da viagem atribulada incluíram a passagem de um rio gelado, assim como a fuga a cães e tiros disparados por dezenas de guardas fronteiriços russos.
O mercenário russo de 26 anos pediu asilo político a Oslo. Em troca, prometeu colaborar na investigação dos crimes de guerra cometidos na Ucrânia pelos soldados ao serviço da Rússia.
As autoridades norueguesas anunciaram esta segunda-feira que o primeiro mercenário do grupo Wagner a desertar para o Ocidente está oficialmente detido. Porém, Andrei não será deportado para Moscovo, mas será alvo de uma investigação que inclui o Tribunal Penal Internacional.
Em causa está a atuação do russo que comandou já este ano um destacamento de 10 anos em solo ucraniano.
O grupo Wagner ganhou protagonismo em 2014, na anexação da Crimeia e no envio de combatentes para o início da guerra no Donbass. Nos últimos anos, a influência e o rasto de crimes de guerra por estes combatentes russos estendeu-se à Síria, Líbia, Moçambique e à República Centro Africana.