Guerra Rússia-Ucrânia

Ucrânia e Rússia acusam-se mutuamente de bombardeamento a central nuclear de Zaporíjia

O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), Rafael Grossi, disse ocorreram "fortes explosões" na área.

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SIC Notícias

Lusa

A agência nuclear ucraniana acusou este domingo a Rússia de bombardear a central nuclear de Zaporíjia, pouco depois de Moscovo ter acusado Kiev de atacar o local.

"Na manhã de 20 de novembro de 2022 [hoje], como resultado de numerosos bombardeamentos russos, pelo menos 12 ataques foram registados no local da central nuclear de Zaporíjia", afirma a Energoatom, operadora estatal das centrais nucleares da Ucrânia, citada pela AFP.

A Energoatom acusa os russos de "mais uma vez organizarem chantagem nuclear e colocarem o mundo inteiro em risco".

Rússia acusa forças ucranianas de terem bombardeado central de Zaporíjia

A Rússia acusou hoje as forças ucranianas de terem realizado novos bombardeamentos contra a central nuclear de Zaporíjia, no sul da Ucrânia, garantindo que o nível de radiação permanece "em conformidade com a norma".

"O regime de Kiev não para as provocações para criar a ameaça de um desastre na central nuclear de Zaporíjia", a maior da Europa e militarmente ocupada pela Rússia, afirmaram os militares russos em comunicado.

Segundo o comunicado, as forças ucranianas dispararam, no sábado e hoje mais de duas dezenas de "projéteis de grande calibre" contra a central que explodiram entre os blocos energéticos número 4 e 5 e visaram o telhado de um "edifício especial" localizado perto destes blocos,.

Este "edifício especial" abriga um depósito de combustível nuclear, disse, por seu lado, um funcionário do produtor russo de eletricidade nuclear Rosenergoatom, Renat Kartchaa, citado pela agência oficial TASS.

“Fortes explosões na área”

Segundo o diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), Rafael Grossi, "fortes explosões" ocorreram na área da central nuclear de Zaporíjia.

"A informação é extremamente perturbadora. As explosões ocorreram no local desta grande central nuclear, o que é totalmente inaceitável", advertiu Rafael Grossi em comunicado.

A Rússia, que conduz uma ofensiva na Ucrânia desde 24 de fevereiro, ocupa militarmente o território da central e o Presidente russo, Vladimir Putin, reivindicou a responsabilidade pela sua anexação, bem como a de quatro regiões ucranianas.

Durante vários meses, Moscovo e Kiev acusaram-se mutuamente de bombardear o local, sob controlo russo, mas localizados não muito longe da linha da frente.

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